Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro-DF, alegou que a postura do chefe do Executivo "é uma demonstração de autoritarismo". "A Lei de Gestão Democrática estabelece a soberania das posições da comunidade escolar. E, ainda que essa legislação não existisse, seria ao menos razoável que o governador ouvisse as pessoas envolvidas no processo. As pessoas que o elegeram não têm que comungar com 100% do pensamento dele", argumentou.
Em nota enviada à imprensa, o distrital Fábio Félix (PSol) defendeu o respeito à democracia escolar. "Trata-se de uma atitude ilegal e que ataca diretamente a autonomia dos docentes, diretores, estudantes e responsáveis que disseram não ao modelo. Fica evidente o desespero do governador ao constatar que, aos poucos, o modelo vendido como salvação da educação pública está sendo desmontado", criticou.
Desrespeito
Leandro Grass (Rede) adiantou que estudará as medidas cabíveis para barrar a decisão. "O governo fez um pacto com a sociedade e o desrespeitará. Ibaneis e a Secretaria de Educação não podem decidir tudo de forma unilateral. Esperávamos respeito ao resultado das votações", declarou. O tema será discutido em audiência pública sobre a Lei de Gestão Democrática na Câmara Legislativa, na próxima quinta-feira (22/8).
Vice-presidente regional da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Marcelo Acácio declarou que a entidade estuda a realização de um ato em protesto à decisão do governador. ;Desde o início, houve falhas no diálogo, uma que vez que a militarização foi prevista em uma Portaria. O que vemos é que a voz dos estudantes, pais e professores não tem valor;, afirmou.