Jornal Correio Braziliense

Cidades

Sindicato reage a decisão de policiais irem para centrais de flagrante

Portaria publicada pela Polícia Civil permite a ida dos servidores do Serviço Voluntário Gratificado (SVG) para atuarem nas delegacias que funcionam como Centrais de Flagrante (Ceflags)

Uma decisão da Polícia Civil gerou insatisfação do sindicato da categoria. Nesta quinta-feira (14/8), a corporação publicou uma portaria que permite a ida dos servidores do Serviço Voluntário Gratificado (SVG) para atuarem nas delegacias que funcionam como Centrais de Flagrantes (Ceflags). O Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) se manifestou e disse que a medida pode reduzir o efetivo de algumas unidades e dificultando o atendimento à população.

De acordo com a entidade representativa de classe, as delegacias das regiões administrativas, conhecidas como circunscricionais, operam com o mínimo de quatro policiais civis no plantão noturno o que, segundo o Sinpol, é abaixo do ideal. A entidade reforça que se um deles for cedido para as unidades Ceflags a unidade da área acaba ficando com dois ou três servidores, o que tornaria inviável o atendimento ao público durante o plantão, além de comprometer diligências e a segurança dos policias.

Na visão da categoria, três agentes nos plantões impossibilita atendimentos em locais de homicídios, casos que se enquadram na Lei Maria da Penha, localização de veículos roubados e estupros. "A solução apresentada pela Polícia Civil, portanto, além de ser paliativa, poderá acarretar em prejuízos no serviço público de Segurança Pública prestado pela corporação", informou nota do Sinpol, enviada à imprensa.

Como alternativa, o Sinpol sugeriu que haja aumento no número de vagas do serviço voluntário. O Correio procurou a Polícia Civil, mas a instituição disse que não vai se posicionar acerca do assunto.