Cidades

Detentos vão trabalhar na recuperação de carteiras para escolas do DF

Homens atendidos pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) vão fazer reciclagem de carteiras, mesas e cadeiras abandonadas há anos em um dos prédios do GDF

Pedro Canguçu*
postado em 14/08/2019 06:00
Material jogado nos fundos de um dos prédios da Secretaria de Educação, no Sestor de Indústria e AbastecimentoPresidiários vão reciclar as carteiras, mesas e cadeiras de escolas públicas do Distrito Federal. As que tiverem em condições, serão reutilizadas em colégios e creches. As demais serão descartadas ou leiloadas. São milhares de peças acumuladas ao longo de anos e jogados ao nos fundos de um dos prédios da Secretaria de Educação.

A pasta tem uma oficina de reciclagem de materiais, mas ela não dá conta da demanda. Por isso, ela firmou uma parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e a Secretaria da Fazenda.

;Os materiais que eram jogados de lado poderiam criar mosquitos da dengue. Então, recolhemos os móveis e os trouxemos para cá, para depois serem reciclados;, contou o secretário de Educação, Rafael Parente, se referindo à sede 3 da pasta, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).

Ainda vai demorar ao menos 50 dias para os móveis estragados do prédio e serem levados aos órgãos onde serão analisados e reciclados, se for o caso. A Secretaria de Educação não informou quando a reciclagem terminará, quantos detentos vão fazer o trabalho nem quanto o GDF vai repassar à Funap.

Como não há prazos, novos mobiliários serão comprados para atender a creche de Samambaia, por exemplo, fechada por falta de material. ;Se a gente conseguir acelerar a reciclagem, vai precisar comprar menos material para as novas escolas e creches que serão entregues nos próximos anos;, afirmou Parente.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) esteve na cerimônia de anúncio da parceria. ;Vamos reformar as cadeiras seguindo o conceito do modelo atual para evitar compras. Além disso, prevemos que, no próximo ano, o número de matrículas nas escolas do DF vai aumentar;, ressaltou.
*Estagiário sob supervisão de Renato Alves

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