O governador Ibaneis Rocha (MDB) reabriu, ontem, um consultório e a Sala Amarela ; espaço com 10 leitos ; da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Sobradinho. Os locais foram reativados após um ano sem funcionar por falta de profissionais e de condições estruturais. O prédio passou por reforma recente e recebeu novos servidores.
Durante a cerimônia, Ibaneis destacou que as UPAs são fundamentais para a melhoria no sistema de saúde da capital. ;Com a reforma das UPAs e das UBS, vamos ter condições de dar um atendimento melhor à população;, afirmou. ;Aqui (em Sobradinho), temos uma população muito grande e durante muito tempo desassistida, com grandes problemas de infraestrutura. Estamos renovando e abrindo alas que estavam fechadas e abrindo também, daqui a 15 dias, uma ala que nunca havia sido aberta. Estamos abastecendo com insumos também.;
A sala reaberta ontem é fundamental para a estrutura da UPA. Ela recebe pacientes que têm indicação de internação e devem ficar em observação por, no máximo, 24 horas. O local conta com pontos de oxigênio, leitos e carrinhos de emergência para casos de parada cardiorrespiratória.
Reparos
Pela estrutura da sala, os pacientes precisam ser atendidos por equipes multidisciplinares. Para a reativação, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges/DF) reformou o local ; com reparos na parte elétrica e hidráulica, manutenção e troca de partes do piso ; e providenciou o abastecimento com insumos e medicamentos hospitalares, além da chegada de novos profissionais.
A UPA de Sobradinho recebeu 16 médicos, 26 enfermeiros, oito técnicos de enfermagem e quatro técnicos de laboratório. A previsão do IGES-DF é de que mais profissionais sejam contratados no próximo mês.
;Chegar aqui hoje e ver tudo reformado, ver a população cobrando e nós produzindo resultados é muito gratificante;, comentou o presidente do IGES-DF, Francisco Araújo. ;A condição é favorável para que a gente possa estabelecer melhorias e oferecer isso à população;, completou o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto.
;Na rede pública, todos são iguais;
Ao falar com os jornalistas após a solenidade, o governador comentou a situação da avó da primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro. Maria Aparecida Firmo Ferreira, 78 anos, passou três dias em uma maca no corredor do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) até conseguir atendimento após uma fratura. No sábado, ela foi transferida para o Hospital de Base.
;O fato de ela ser avó da primeira-dama não muda o procedimento de forma nenhuma. Ela estava sendo acompanhada, e, no momento em que houve a abertura de uma vaga, ela foi transferida e, lá, ela está sendo cuidada;, ressaltou o governador. ;Eu, quando quero atendimento da minha família de forma mais rápida, levo para a rede privada, pago plano de saúde e faço isso dessa maneira;, como destaca áudio divulgado no site do Correio.
Ele defendeu que o atendimento deve ser igual para todos. ;Na rede pública, todos são iguais e é por isso que se chama Sistema Único de Saúde (SUS). É para atender todo mundo com a qualidade que tem. Se a qualidade não é aquela que nós esperamos ainda, temos que trabalhar para melhorar;, completou.