Jornal Correio Braziliense

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Prata da casa: Malice vem com rock garage e literatura

Banda dá os primeiros passos no cenário musical da cidade, busca maturidade e sonha com objetivos muito maiores


Um rock brasiliense com uma pegada garage e riffs marcantes. Assim é a levada da banda Malice, que também se inspira na literatura para mover a criatividade. Aliás, a mistura sempre marcou o grupo, a partir do nome: uma união de malícia (cuja tradução para o inglês é malice) com a obra Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol. Uma junção de inocência e gracejo. Ou como explicam os integrantes do grupo, uma Alice mais ;espertinha;.
Pois a tal Alice pode ser Beatriz Nobre, a Bia. Por que não? Espertíssima, assombrada por não ter um grupo para se expressar musicalmente, cansada de esperar por pessoas e projetos consistentes, foi atrás do seu sonho. Buscou dois produtores, Maozão e Xico, e começou a gravação de um EP. ;Fui atrás dos músicos para tocarem comigo. Eu convoquei a galera tipo o Nick Fury, da Marvel;, brincou a vocalista, referindo-se ao ;líder; dos Vingadores, que recrutou super-heróis para lutar contra os inimigos da humanidade.
O tal EP se chama Respiro ; que pode ser encontrado no Spotify, no Deezer e no YouTube ; e tem influência e característica de cada um nas composições: Bia no vocal; Vinicius Eré nos backing vocals e no baixo; Gabriel Lira também nos backing vocals e na guitarra; e Emerson Barros na bateria. O lançamento tornou-se o primeiro passo da Malice no mundo musical. ;Foi bem emocionante. Foi tudo feito com muito carinho, desde a composição até a gravação, o lançamento, a repercussão nas redes sociais;, conta Bia.
A vocalista, que compõe grande parte das letras e melodias, revela grande inspiração da literatura, como não podia deixar de ser. ;Para mim, a escrita da letra é uma catarse. Eu escrevo sobre o que sinto, o que sei. Uma das letras tem grande inspiração em Admirável Mundo Novo, um livro que adoro;, arrisca Bia, falando da obra do autor Aldous Huxley. E discorre sobre a música: ;O nome é Soma, a droga disponibilizada para as pessoas no universo do livro. Eu fiz a união de uma expressão pessoal com elementos dessa obra;, explica.
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Reconhecimento

A banda ainda está no início, mas sonha alto. Quer continuar se expressando por meio da música, ter relevância na cena artística e trabalhar duro para alcançar reconhecimento nacional. Até agora, o momento de maior prestígio veio nas seletivas para o tradicional festival Porão do Rock. Não estavam esperando a classificação, pois são um grupo emergente. ;Ficamos eufóricos pela seleção. Lembro direitinho a hora em que o Eré me ligou pra contar;, relata Bia, sem esconder a emoção.
Se todas as pessoas passam por momentos inusitados na vida, as bandas são ainda mais suscetíveis. Os integrantes, por exemplo, conversam com os fãs, por exemplo, pelo direct do Instagram da Malice. Bia conta que algumas pessoas já chegam desabafando sobre a vida, os problemas. E, claro, confundem a parte com o todo. Sem problema: ;Tem gente que me chama de Malice;, ri Bia.

* Estagiário sob a supervisão de Leonardo Meireles
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