Pontes era, até agora, subsecretário de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública. Foi, ainda, chefe da segurança da vice-governadoria, na época de Tadeu Filippelli, no período de 2010 a 2014.
O coronel assume o comando da PMDF após a exoneração de Sheyla Sampaio, publicada em edição extra do Diário Oficial do DF na terça-feira (6/8). No mesmo dia, a coronel pediu para ser integrada à reserva. Também foi exonerado o chefe da Casa Militar, tenente-coronel Marcus Paulo Koboldt. Entre as razões para tirar a coronel do comando, o governador Ibaneis Rocha (MDB) citou a perda de autoridade dela e as dificuldades que teria para comandar a tropa.
Ao Correio, Pontes diz que sua primeira ação será trabalhar para unir a corporação "Preciso sentir a corporação, conversar com os coronéis, acho que esse é o caminho. A população merece as forças cada vez mais unidas, integradas. A comandante Sheyla foi extremamente competente, mas agora quero ver quais são os projetos primordiais da corporação", disse.
Hospital da Segurança Pública
Outro motivo para a saída de Sheyla tem relação com o projeto de transformar o Centro Médico da PM em um Hospital da Segurança Pública. À frente da corporação, Sheyla se mostrou contrária à decisão de fazer da policínica da PM um hospital para atendimento médico de todas as forças policiais: militares, civis e integrantes do Corpo de Bombeiros do DF.
Em junho, Ibaneis decidiu delegar à Secretaria de Segurança Pública do DF as providências para a implantação da unidade de saúde, o que gerou questionamentos da coronel, que seguiu o que pensa a maioria dos integrantes da força. Ao deixar o comando, Sheyla enviou comunicado aos colegas fazendo críticas ao governo e às mudanças no hospital.
A postura da antiga comandante deixou o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, insatisfeito. Ao comentar a exoneração de Sheyla, Torres argumentou que "houve desalinho". "Não acho a Sheyla uma má pessoa nem vejo faltas graves por parte dela. O governador entendeu que era hora de mudar e fez a mudança", justificou o chefe da pasta. Sobre o perfil que procurava no substituto, disse: "O profissional precisa ser aliado às políticas do governo Ibaneis".