À época, os dois primeiros eram funcionários públicos e haviam sido condenados no âmbito da Operação Regin, deflagrada em outubro daquele ano, para investigar licitações no governo José Roberto Arruda, quando Alberto Fraga assumiu o cargo de secretário de Transportes. Para o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPDFT, Irones, Jesus e Edson, teriam atuado como "testas de ferro" e emprestado os nomes para a compra de itens como carros de luxo usados por José Geraldo e Júlio. Os bens eram incompatíveis aos ganhos legais referentes aos cargos públicos ocupados por ambos.
Em 2018, Alberto Fraga foi condenado, no âmbito da Operação Regin, a mais de quatro anos de prisão pelo crime de concussão ; exigência, para si ou outra pessoa, direta ou indiretamente, vantagem indevida em função de cargo ocupado. Em fevereiro, ele foi condenado pelo mesmo crime, no mesmo processo. Em 2013, o político foi condenado por posse ilegal de arma de fogo, mas foi absolvido em fevereiro.
O Correio tenta contato com as defesas dos denunciados.
O Correio tenta contato com as defesas dos denunciados.
Operação Regin
A investigação, deflagrada pela Polícia Civil, apurou ilegalidades envolvendo um esquema de cobrança sistemática de propina por integrantes da Secretaria de Transportes durante a gestão do ex-governador José Roberto Arruda. A apuração comprovou que os envolvidos, em virtude dos cargos ocupados, exigiam vantagem financeira indevida de representantes de cooperativas de transporte para garantir a assinatura de contratos, a execução dos serviços e a alteração de itinerários.
O então secretário de Transportes, Alberto Fraga, e outros funcionários públicos exigiram e receberam dinheiro dos representantes das empresas para assinar os contratos ou assumir linhas rentáveis. O objeto do esquema era um lote de micro-ônibus licitados em 2007.
Com informações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)