O governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou, ontem, a contratação de 500 novos professores para repor a carência da rede pública do Distrito Federal. Do total, 300 serão profissionais temporários. As outras 200 vagas serão preenchidas com a convocação de concursados. A intenção é que o processo de chamamento seja finalizado nesta semana.
A decisão de efetivar a contratação dos 500 profissionais foi tomada depois de reunião para avaliar com os secretários de Educação, Rafael Parente, e de Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão, André Clemente, a proposta. A demanda havia sido feita pela Secretaria de Educação antes, mas o governo queria ter certeza da viabilidade orçamentária das contratações.
O deficit de profissionais, segundo o secretário de Educação, é justificado por licenças e pelo grande número de pedidos de aposentadoria, motivados pelo avanço da reforma da Previdência no Congresso Nacional. ;Devemos ter mais novos pedidos de aposentadoria. No ano passado, não houve essa programação;, afirma o governador Ibaneis Rocha.
Além da baixa de profissionais, o DF teve um crescimento inesperado da demanda de alunos dos ensinos fundamental e médio. ;No ano passado, tínhamos 35 mil matrículas. Estava em queda em relação aos anos anteriores. A tendência era diminuir. Mas, este ano, foram 68 mil estudantes, quase o dobro;, explica Parente. ;Então, felizmente e infelizmente, fomos surpreendidos e tivemos de lidar com essa situação.;
Parente assegura que a previsão é de que os profissionais sejam convocados nesta semana. ;Assim que a Fazenda liberar oficialmente a nomeação, vamos chamá-los de imediato;, diz. Segundo ele, os servidores serão alocados de acordo com as necessidades dos colégios com maior carência. ;Esse reforço é fundamental porque a gente começou a ter deficit no quadro e coordenadores estavam deixando suas funções para substituir os professores.;
Mais contratações
O GDF não descarta que, ainda em 2019, mais profissionais sejam chamados para a área. ;Até o fim do ano, vamos contratar mais professores visando o próximo semestre;, diz Ibaneis. ;Fizemos o pedido de 1.122 professores por causa da nossa necessidade. Mas entendemos que a Fazenda precisa garantir que há recursos suficientes para arcar com o custo disso;, explica Rafael Parente.
Além dos professores, a Educação pediu a contratação de outros profissionais da área. ;Precisamos de nomeações para os cargos monitores e de apoio administrativo. Mostramos que a demanda existe, mas agora é preciso a avaliação da Fazenda e do governador para que isso seja feito considerando as possibilidades orçamentárias;.
O anúncio da contratação de novos servidores gerou temor, entre concurseiros, de que não sejam feitos novos certames em médio prazo, mas Parente garante que à medida não terá esse impacto. ;Não vai prejudicar, estamos preparando concursos para diversas áreas.;
Ontem, Ibaneis também comentou investimentos no Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF). Ele afirma que houve, por parte das escolas, um descontrole dos projetos. ;À medida que os projetos forem sendo organizados, vamos liberando recursos para investimentos;, explica.