postado em 22/07/2019 10:05
Animais vítimas de acidentes ou crimes cometidos são constantemente encaminhados ao Hospital Veterinário do Zoológico de Brasília para tratamento. Os bichos que chegam à clínica recebem um tratamento cauteloso e com foco na soltura. Muitos dão entrada na unidade com marcas de tiros de chumbinho, pedradas, atropelamentos ou até mesmo tráfico.
A prioridade dos veterinários é fornecer um cuidado que reabilite o animal para voltar à natureza, mas isso nem sempre é possível. Recentemente, por exemplo, uma águia-chilena de penas escuras foi atingida por um tiro de chumbinho em uma das asas. Ela chegou ao hospital com fratura em dois ossos da asa esquerda, passou por uma cirurgia ortopédica, colocou um fixador externo e agora enfrenta três sessões semanais de fisioterapia. Mas não poderá mais voar e será direcionada ao plantel para reprodução.
Os bichos chegam ao Zoológico encaminhados ou pelo Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) ou pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA). A recuperação e readaptação deles depende muito do tipo de ferimento e qual espécie. Nesta época de seca, em que há o aumento de queimadas, os veterinários acolhem muitos animais órfãos, perdidos e machucados.
Quando os especialistas percebem que o animal consegue caçar, defender-se de predadores e marcar território, por exemplo, autorizam a soltura na natureza. O Ibama define o local onde eles serão devolvidos ao habitat natural, mas, antes, checam se essa soltura não afeta o equilíbrio do ecossistema.
Com informações da Agência Brasília.