Policiais procuram por Wellington Crizante Torres, 32 anos, apontado como comparsa de Thiago Braga Martins, 34, no assalto e arrombamento de cofre em uma distribuidora de bebidas no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (Saan). Ele tem um mandado de prisão temporária expedido por participação no crime, ocorrido em 15 de novembro de 2018.
Wellington é parceiro antigo de Thiago. Em 13 de julho de 2008, a dupla roubou uma empresa de produtos alimentícios, localizada na Vila dos Operários, na Granja do Porto. Na ocasião, os homens destruíram a janela da empresa e renderam o vigilante, o qual sofreu diversas agressões físicas, como coronhadas. Em seguida, eles arrombaram o cofre do estabelecimento, levando cheques, dinheiro e celulares.
No possível último crime cometido em parceira entre Thiago e Wellington, os acusados também agiram com extrema violência, conforme o delegado Fernando Cocito, da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), vinculada a Divisão de Repressão a Roubos e Furtos da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri).
"Neste roubo, o grupo chegou à empresa vestindo roupas de policiais civis. Eles disseram ao vigilante da distribuidora que tinham prendido um criminoso nas redondezas do estabelecimento e que ele havia jogado uma arma dentro do local. No entanto, se tratava de um dos assaltantes", explica o investigador. "O vigilante ligou na sede da empresa, em São Paulo, e recebeu liberação para entrada. Neste momento, acabou rendido", acrescenta Cocito.
O vigilante teve a arma tomada pelos bandidos, que o ameaçaram de morte a todo momento. "A vítima não chegou a ser agredida, mas esteve na mira de muitas armas. Falavam para ele que, caso não mostrasse onde o cofre da empresa estava, acabaria assassinado", reforça o delegado.
Quando o grupo chegou a sala onde estava o cofre, realizou uma ação rápida. Thiago foi o responsável por arrombar o objeto com mola de caminhão. Estes detalhes chamaram a atenção dos investigadores da DRF. "Thiago é um velho conhecido da polícia e é considerado o maior arrombados de cofres do Distrito Federal. O modus operandi dele foi importante para identificação. Mas saliento que houve o reconhecimento por foto e pessoalmente deste criminoso, assim como de Wellington", destaca Cocito.
Thiago foi preso em casa, localizada em Valparaíso de Goiás, na sexta-feira (12/7). Agentes também foram atrás de Wellington, mas ele conseguiu fugir. A polícia pede denúncias anônimas da população para chegar até o suspeito. "Iremos manter o sigilo total desta pessoa. Portanto, não há motivo para se preocupar ao prestar as informações", afirma o delegado.
Identificação e morte
A investigação da DRF ainda continua para identificar o terceiro envolvido no assalto. De acordo com a apuração da divisão, agentes conseguiram chegar até um possível suspeito, mas não há confirmação suficiente para um pedido de mandado de prisão na Justiça. O quarto integrante foi morto ainda no dia do crime, em Taguatinga.
"O suspeito que foi assassinado participou do crime se passando pelo falso detento. Ele foi morto após uma desavença no trabalho. Entretanto, a apuração da morte de um dos envolvidos ficou a cargo da 12; Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro)", finaliza o investigador.