As obras de reestruturação da Rodoviária do Plano Piloto começam nesta quarta-feira (10/7). A parte superior foi interditada em 26 de junho após o Governo do Distrito Federal identificar risco de desabamento. O prazo para a entrega do serviço é de 90 dias.
A ordem de serviço foi assinada pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em uma cerimônia no terminal rodoviário nesta manhã. "É muito triste ver que Brasilia, uma cidade tão jovem, já tenha esse tipo de defeito estrutural. Eu tenho ouvido inúmeras críticas sobre a rodoviária, que desde que eu conheço passa por reformas constantes. Nós vínhamos fazendo acompanhamento desde o início do ano e, nos últimos 15 dias, a situação se agravou a ponto de interditar o trânsito", comentou o governador.
O contrato da obra foi feito de forma emergencial, com a empresa ConcrEpoxi. "Devido às condições de logística e mobilização, ela foi a que apresentou a melhor proposta", afirma Francisco Ramos, diretor de edificações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). As obras irão custar R$ 1,192 milhão. "Inicialmente, elas estavam orçadas em R$ 6 milhões, mas em orientação e comunicação com o Tribunal de Contas decidimos fazer o contrato emergencial e fazer o essencial para a segurança da população", esclareceu o diretor.
Durante a reforma, serão demolidas partes nas duas extremidades da plataforma superior, que serão reconstruídas com os mesmos padrões e estruturas metálicas. Ainda será feita a reestruturação dos pontos estruturais e pontos críticos.
Parceria Público-Privada
Na cerimônia, Ibaneis afirmou que as obras não vão resolver todos os problemas da rodoviária e ressaltou a necessidade de mordenizar o local. O governador citou uma Parceria Público-Privada (PPP) como uma possivel solução. "A PPP está em estudo, mas para que ela se viabilize nós temos que analisar a viabilidade econômica, se não, nós vamos lançar o chamamento e não vamos encontrar pessoas interessadas", comentou. Ele afirma que a área do Touring deve ser desapropriada para facilitar a PPP. "Está sendo feito o levantamento de custo dele, uma avaliação pela Agência de Desenvolvimento Habitacional (Terracap) e pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Seduh), para que a gente possa fazer a desapropriação, anexando essa área que sempre pareceu pública, mas que é privada", acrescentou.
A previsão é de que o chamamento seja feito neste segundo semestre. Ele vai incluir reforma e manutenção de todas as estruturas, construção de novos quisques e licitação de todos eles. "Queremos seguir um modelo parecido como que foi feito no Aeroporto de Brasília, entregando para a iniciativa privada explorar todas essas áreas", ressaltou Ibaneis.