A presença dele na igreja também trouxe confiança a uma mãe de uma das supostas vítimas. ;Um dia estava na igreja e o vi em cima do altar, todo de branco, não consegui imaginar aquele homem fazendo mal a ninguém. Foi quando comecei a deixar meu filho, de 8 anos, andar com ele;, lamentou a mulher. Ela esteve na delegacia nesta terça-feira (9/7), mas ainda não formalizou uma denúncia. A mulher tem conversado com o garoto, que demonstra medo.
[SAIBAMAIS]A mãe de outra suposta vítima conta que o filho, de 9 anos, morava com a vó, na QE 40, quando ele conheceu José Antônio. ;Minha mãe tem problema na perna e Toín se ofereceu para levar ele todos os dias na escola. Isso acontecia desde o início do ano. Quando o caso estourou na mídia, pressionei o meu filho e ele me contou o que estava acontecendo. Não consigo repetir o que ele disse;, desabafou. Ela também esteve nesta terça-feira (9/7) na 4;DP. Para a polícia, não há dúvida de que o menino foi violentado.
De acordo com a mulher, o comportamento da criança mudou. ;A professora dele me chamou para conversar, disse que ele estava disperso e perguntou se ele estava com algum problema. Meu menino sempre foi apaixonado por futebol, desde que nasceu. Há um mês, ganhou o uniforme oficial do Flamengo, mas não quis usar e disse que não jogaria mais. Comecei a estranhar;, contou a mãe.
Ela comentou que o filho não conseguiu contar a história para a tia ou para a vó, com quem mora. ;A gente que é mãe sabe quando tem algo errado. Dava para ver nos olhos dele o que tinha acontecido. Agora, vamos procurar apoio da polícia e psicológico.;
A reportagem foi à casa do acusado, mas a esposa dele se mudou há cinco dias e não foi localizada. A paróquia onde José era catequista informou que não comentará o caso.
DF tem 140 casos
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) registrou 140 ocorrências de estupros contra vulneráveis nos cinco primeiros meses de 2019. Em comparação a igual período do ano passado, o número de casos caiu 21,8%, quando houve 170 registros.