Quase um ano depois de matar Josemar Caitano Ramos com golpes de barra de ferro, Layane Maria da Silva, 21 anos, foi condenada pelo Tribunal do Júri de Planaltina a 5 anos de reclusão, em regime inicial semiaberto. Em 17 de julho de 2018, ela e a namorada, uma adolescente, enteada da vítima, cometeram o crime em frente à casa onde moravam, em Planaltina.
Durante a audiência, Layane afirmou que ela e a jovem foram ameaçadas por Josemar. Ele teria dito que as mataria, caso elas contassem à mãe da jovem que o homem a traía. Mesmo assim, elas contaram para a mulher, tanto sobre as ameaças, como traições. Por medo da reação do homem, elas decidiram matá-lo.
Em depoimento, Layane disse ainda que Josemar tentou atacá-la com uma faca, mas no momento em que ele se virou de costas, ela conseguiu atingi-lo. A adolescente o acertou no pescoço. A acusada teria acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), bem como a Polícia Militar, a quem entregou as barras de ferro usadas no crime.
Já a adolescente disse ao júri que o padrasto constantemente agredia a mãe dela e reiterou os relatos das ameaças sofridas por elas. A garota disse ainda que Josemar assediava tanto ela, como a Layane, além de manter um caso extraconjugal com uma vizinha.
Duas testemunhas relataram que a mãe da adolescente apanhava constantemente de Josemar, e que ele bebia muito. Disseram também que horas antes do crime, Layane e a namorada haviam sido ameaçadas pela vítima. Josemar teria colocado um canivete no pescoço de Layane e dito que se eles não ficassem juntos, ele iria matá-la.
Os jurados acolheram a tese da defesa, entendendo que a acusada agiu por relevante valor moral, isto é, buscando se defender de possível retaliação da vítima. Layane não poderá recorrer em liberdade.