Brasilienses testemunharam, nesta terça-feira (2/7), o eclipse solar. Na Praça do Cruzeiro, mais de 200 pessoas se reuniram para acompanhar o fenômeno. De Brasília, apenas 20% do Sol ficou encoberto pela Lua entre 17h11 e 17h49. De outros países da América Latina, como Argentina e Chile (veja galeria abaixo), foi possível acompanhar o eclipse total.
Diferentemente do que ocorre com o eclipse lunar, para a observação desta terça foi preciso contar com a ajuda de óculos solares e placas próprias para enxergar o fenômeno.
O clima era de partilha, já que muitos vieram despreparados para proteger os olhos. ;A gente trouxe várias placas e demos para quem não tinha;, conta Davi Braúna, 8 anos. Fascinado por fenômenos astronômicos, o menino não perde um. ;Ele ficou semanas se preparando para ver o eclipse. Aré me fez colocar lembrete no celular e hoje não conseguia falar de outra coisa. Já está programando a próxima observação;, diz a mãe, Camila Braúna, 41.
O fenômeno ocorre quando a lua e o sol se alinham e um se sobrepõe ao outro. Desta vez, durou cerca de dois minutos. O professor de física da Universidade Católica de Brasília (UCB) Diego Nolasco explica o motivo de não ser possível enxergar o eclipse total do Distrito Federal. "Nós estaremos na região da penumbra e não da umbra. Assim, observaremos a cobertura de aproximadamente 20% da área do sol."
Ele acrescenta que eclipses solares ocorrem, aproximadamente, a cada 18 meses. O próximo, em 26 de dezembro, será anular, ou seja, os observadores verão "as bordas" do Sol ao redor da Lua. No entanto, não será possível observar o evento no Brasil. "Um eclipse solar total visível no Brasil, mais especificamente no Norte do Brasil, ocorrerá em 12 de agosto de 2045. Precisamos ter paciência", finaliza.
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* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer