A Polícia Civil indiciou por roubo o empresário e amiga, que arrastaram por 100 metros uma vendedora de balões em Taguatinga Sul, há 12 dias. Investigadores da 12; Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) concluíram que o casal, de comum acordo, e com divisão de tarefas, subtraíram as mercadorias da vítima. Antes de enviar o inquérito ao Ministério Público, agentes vão intimiar os acusados para serem ouvidos na condição de envolvidos ; o primeiro depoimento foi com base em termo de declaração.
Na delegacia, Willian Weslei Lelis Vieira, 34 anos, e a passageira do veículo, de 28 anos ; a polícia não informou o nome dela ; disseram que tudo ;não passou de uma brincadeira;. Dono de uma empresa de factoring, Willian alegou não ter notado que a vendedora de balões Marina Izidoro de Morais, 63 anos, estava presa ao carro dele, uma Mercedez-Benz avaliada em R$ 220 mil.
Mas o delegado Josué Ribeiro, chefe da 12;DP, afirmou que a intenção do casal era subtrair os balões. ;Diante disso, e, pelo fato de a vítima ter sido arrastada, configura roubo com violência a pessoa e não um furto acumulado com lesão corporal;, esclareceu. A pena para roubo qualificado com concurso de pessoas prevê de quatro a 10 anos de prisão. Se o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontar lesão corporal grave, a pena vai de sete a 18 anos de cadeia. Josué aguarda os laudos periciais para concluir o inquérito.
O caso ocorreu na noite de 15 de junho, na porta de uma escola particular de Taguatinga Sul, onde acontecia uma festa junina. Marina, que é diarista, vendia balões por R$ 15 cada. O casal se aproximou e pediu desconto em três. Ela, então, pediu R$ 10 por cada, mas os acusados teriam dito ter só R$ 25. Nesse momento, a passageira puxou a mercadoria da mão de Marina, fechou o vidro e Willian arrancou com o carro. Ela ficou presa às cordas do balão e foi arrastada pelo asfalto.