Jornal Correio Braziliense

Cidades

Curtas - 19

; Barbárie
Crianças em abrigo

As duas crianças de 8 e 4 anos e a bebê de 1 espancadas pela tia e o namorado dela continuarão em um abrigo de Planaltina de Goiás até outubro, segundo o Conselho Tutelar da cidade do Entorno. As agressões ocorreram no fim de maio, na casa onde as vítimas moravam com o casal, após os pais serem presos por tráfico de drogas em Sobradinho. Uma menina de 6 anos, irmã das demais vítimas, morreu por traumatismo craniano e um trauma no pescoço, ambos provocados pelos golpes sofridos. De acordo com Antônio Freire, vice-presidente do Conselho Tutelar, os irmãos estão recuperadas dos maus-tratos e recebem uma rede de apoio. ;Elas não parecem mais aquelas crianças famintas e assustadas como antes. Estão completamente transformadas e felizes. Elas recebem tudo o que é preciso, como amor, carinho, comida, aulas e apoio psicológico para lidar com o trauma;, afirma. A mãe das crianças ainda não foi liberada para visitar os filhos, assim como o restante da família. Ainda segundo Antônio, as crianças não comentam muito sobre a irmã que morreu em maio. ;Apenas o mais velho falou sobre ela. Ele consegue entender perfeitamente tudo o que aconteceu naquela casa e é uma testemunha muito lúcida.;

; Servidores
Acusados de tráfico

Um auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), de 32 anos, foi preso na madrugada de ontem por tráfico de drogas. Tendo um funcionário do Senado Federal como comparsa, o servidor do TCU cultivava e potencializava a maconha na em casa, no Altiplano Leste, no Lago Sul. Segundo a Polícia Civil, a substância era vendida a colegas de trabalho e nas imediações dos órgãos públicos da Esplanada dos Ministérios. Na casa, de alto padrão do funcionário do TCU, agentes encontraram 30 pés de maconha (foto) e 3kg da droga pronta para ser comercializada. As plantas estavam no terceiro andar do imóvel. ;A residência era uma espécie de laboratório, onde ele plantava e potencializava o THC da maconha, o que a gente chama de droga gourmet;, contou o delegado Rogério Henrique Rezende, coordenador de Repressão às Drogas (Cord). A substância com a qual a dupla trabalhava é extremamente potente e chega a custar R$ 20 mil o quilo. Uma das características da droga potencializada é a ausência de cheiro, o que facilita o comércio e consumo em locais fechados. Até a noite de ontem, o servidor do Senado não havia sido preso, mas foi identificado pela Polícia Civil, que não informou os nomes dos acusados.




; Militar
Preso por desvios

Um militar do Corpo de Bombeiros, de 47 anos, é acusado de furtar e vender equipamentos do quartel na internet. Ontem, agentes Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, onde encontraram diversos objetos, como cadeirinhas, mosquetões e cordas (foto). O material é avaliado em R$ 70 mil. O homem está detido no quartel para responder medidas administrativas e, posteriormente, prestará depoimento à polícia. Coordenador da DRCC, Giancarlos Zuliani contou que, em outubro, militares do quartel onde o suspeito atua começaram a sentir falta de equipamentos de salvamento e, logo, começou uma investigação. A Polícia Civil trabalhou com a hipótese dos objetos serem vendidos pela internet. No mesmo mês, identificaram uma conta chamada BSB Aventura, que oferecia produtos semelhantes aos que sumiram da corporação, em um site de vendas. ;Foi feito um rastreamento e chegamos ao nome de um militar do Corpo de Bombeiros. Ele vendia os equipamentos como se fossem de alpinismo. A gente viu a questão bancária, quem são os compradores e na manhã de hoje (ontem);, explicou o delegado.




; quadrilha
desvio de combustíveis

Após três meses de investigação, a Polícia desencadeou uma operação contra um grupo suspeito de furtar e receptar combustíveis no Distrito Federal. Agentes da Coordenação de Repressão ao Crimes Patrimoniais (Corpatri) cumpriram 13 mandados de prisões preventivas e nove buscas domiciliares, na manhã de ontem. Os acusados atuam na capital há cerca de 10 anos, causando um prejuízo de, aproximadamente, R$ 50 mil mensais a uma rede de postos de abastecimento. Os combustíveis ; gasolina comum, gasolina aditivada e diesel ; eram furtados pelos motoristas dos caminhões-tanque, antes de chegarem aos postos. Eles pegavam o líquido na distribuidora, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), e deixavam parte em uma chácara em Samambaia, usada como depósito.