Jornal Correio Braziliense

Cidades

Corrupção passiva

O ex-senador Gim Argello foi preso em abril de 2016 na 28; fase da Operação Lava-Jato, batizada de Vitória de Pirro. Ainda em outubro daquele ano, passou por julgamento e foi condenado pelo então juiz Sérgio Moro a 19 anos de prisão, pena referente aos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e obstrução de Justiça.

A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) indicou que o político recebeu ao menos R$ 7,2 milhões para dar proteção a empreiteiras na CPI e na CPMI da Petrobras. Em maio de 2008, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4; Região reformou a pena, reduzindo-a a 11 anos e oito meses de reclusão, ao excluir do processo o delito de obstrução.

O primeiro pedido de liberdade condicional da defesa de Gim Argello ocorreu em 6 de dezembro de 2018. Os advogados destacaram que o cliente era réu primário e que havia cumprido três anos, 11 meses e três dias da punição. Também foi destacado que o ex-parlamentar tinha conseguido abater 451 dias da pena por meio da leitura de livros, trabalho na penitenciária e cursos profissionalizantes.

A principal chance de o ex-senador deixar a cadeia ocorreu em abril deste ano, quando ele quitou a primeira parcela da dívida de R$ 7,350 milhões relativa à reparação de danos. Gim Argello conquistou a liberdade condicional por cumprir um terço da pena e ter ressarcido os cofres públicos.