O sargento da aeronáutica reformado Juenil Bonfim de Queiroz é investigado pelo feminicído da companheira, Francisca Náidde de Oliveira Queiroz, 57 anos. A Polícia Civil confirmou que o suspeito cometeu o crime por acreditar que a vítima tinha um relacionamento com Francisco de Assis, 42. O homem levou dois tiros e chegou a ser socorrido em estado grave ao Hospital de Base, mas não resistiu. O caso aconteceu na noite de quarta-feira (12/6), na Quadra 1405 do Cruzeiro Novo.
Em depoimento na 5; Delegacia de Polícia (Área Central), o único sobrevivente da tragédia, Marcelo Soares Brito, 40, companheiro de Francisco, disse que Queiroz ameaçou Francisco para subir ao apartamento dele, dizendo que iriam ;tratar uma questão;. Em contrapartida, Marcelo alegou que o marido não subiria sozinho e foi junto.
[SAIBAMAIS]As vítimas negaram envolvimento amoroso, mas Queiroz se mostrou impassível e alegou ter vídeos e fotos da relação ; as quais não foram apresentadas sequer na delegacia. Tentando defender o companheiro, Marcelo também afirmava que não havia nenhum relacionamento extra-conjugal.
Sem acreditar nos relatos o síndico engatilhou a arma. Ele atirou na cabeça das duas vítimas, primeiro na de Francisco e, em seguida, na de Francisca. Queiroz ainda teria disparado outras vezes contra os corpos. Marcelo conseguiu correr do apartamento, gritando por socorro e pedindo para que os vizinhos acionassem a polícia.
Depoimento
Na delegacia, o atirador contou aos investigadores que estava junto com Francisca há 32 anos. Ele ressaltou aos policiais que a mulher estaria mantendo um relacionamento amoroso com Francisco, que era vizinho dele. O suspeito ainda disse que conversou com a esposa sobre o suposto caso amoroso e que os filhos deles estavam cientes da situação, mas que o casal teria decidido se reconciliar. No entanto, segundo o investigado, a esposa teria continuado a relação extraconjugal.
Queiroz ainda alegou que, na manhã dessa quarta-feira (12/6), dia do crime, ele e a esposa teriam ido à casa do filho na Asa Sul, para comemorarem o dia dos namorados. No início da noite, quando voltaram para o Cruzeiro, encontraram Francisco no prédio. No fim do depoimento, o atirador confessou o crime e disse ainda que se entregou aos policiais militares.