Rodrigo Figueiredo Jericó, 42 anos, é encarregado no prédio ao lado da obra. Ele conta que chegou até as vitimas antes de o socorro chegar, acompanhado de uma senhora técnica de enfermagem. "Vi uma poça de sangue na região da cabeça, escoriações nas mãos e a respiração ainda bem fraquinha. A técnica aferiu o pulso e disse que não conseguiu aferir. Desespero total dos trabalhadores, gritando e chorando muito. Alguns operários gritavam ;Eu avisei;, ;Eu falei;", relatou.
Moradores que preferiram ter o nome preservado contaram que um dos rapazes conseguiu se segurar em uma corda, mas o outro caiu. Moradora de um prédio em frente ao edifício em obra contou que estava no quarto dela quando tudo aconteceu. "De repente ouvi gritos e ele (trabalhador) caindo".
Ludmila Aparecida Fernandes, 28 anos, disse que ela e o pai estavam panfletando na rua quando ouviram o barulho e um grito. "Ouvimos o barulho de pedras caindo e um rapaz gritando ;socorro!'. Então, chamamos o Samu e os Bombeiros".
Uma mulher que mora no prédio em frente afirma ter visto um dos cabos de aço do andaime se romper. "O (operário) que estava na esquerda, passou por cima do da direita e caiu. Eles estavam com o cinto de segurança, mas se soltou. Isso foi no 5; andar e o andaime desceu até o 4; andar. O que se segurou na corda foi puxado para dentro de um dos apartarmentos pelos colegas da obra. Fui até lá, tentar ajudar. O que caiu já estava morto, quando cheguei. O outro, reclamava muito de dor no braço", disse a testemunha.