Cidades

Líder de cartel de drogas do México é julgado no Tribunal de Justiça do DF

O mexicano Lúcio Rueda Bustos foi preso em fevereiro deste ano, em um hotel, usando documentos falsos

Alan Rios
postado em 07/06/2019 16:07
O mexicano Lucio Rueda Bustos também foi preso em Curitiba, em 2006
A 2; Vara Criminal de Brasília julga, nesta sexta-feira (7/6), Lúcio Rueda Bustos, 65 anos, acusado de integrar um dos maiores cartéis de tráfico de drogas do mundo. A audiência de instrução e julgamento começou às 15h, ouvindo três policiais civis como testemunhas do caso. O mexicano foi preso em 28 de fevereiro usando uma identidade cancelada, com o nome de Ernesto Plascencia San Vicente, e em posse de joias e R$ 34 mil em espécie, divididos entre um grupo de amigos.

O julgamento fez com que a segurança no Plano Piloto fosse reforçada. Minutos antes da audiência, um helicóptero da Polícia Civil sobrevoava a região do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Lúcio Rueda Bustos veio ao Brasil em 2002 com a intenção de lavar o dinheiro fruto do tráfico no México e nos Estados Unidos. Em 2006, foi preso e condenado a 10 anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro.

À época, descobriu-se que, com documentos falsos, ele tinha conseguido emitir uma carteira de identidade real para o nome Ernesto. Foi quando determinou-se o cancelamento do documento. Em 15 de maio deste ano, o juiz Marcio Evangelista Ferreira da Silva solicitou, com urgência, o laudo de Exame de Autenticidade de CNH em nome de Ernesto Plascencia.

O acusado está em prisão preventiva desde 1; de março, após a audiência de custódia em que a juíza Lorena Alves Ocampos, da 2; Vara Criminal de Brasília, decidiu mantê-lo detido. Na decisão, ela argumentou haver indícios de que o acusado ainda possa ser líder do cartel mexicano.

Segundo o delegado que coordenou a operação, Luiz Henrique Sampaio, apesar de não haver mandado de busca ou prisão contra o acusado, nem provas de que o dinheiro apreendido é ilegal, há outras suspeitas contra Lúcio. "A conduta desse grupo é incomum e suspeita. O fato de ele usar uma identidade falsa indica que estava ocultando sua atividade", observou Sampaio em março.

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