Por volta das 13h20 desta quarta-feira (4/6), o trânsito no viaduto do Eixão Sul foi liberado para motoristas. A estrutura caiu em 6 de fevereiro de 2018 e a previsão inicial era de que as obras terminassem em setembro do ano passado. Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), mais de 120 mil veículos trafegam na via todos os dias.
A obra custou R$12.794.816,72. Ao todo, 138 operários atuaram 24 horas por dia na revitalização da estrutura. O governador Ibaneis Rocha (MDB) destacou que, além das duas faixas construídas, outras quatro foram reformadas. "Pegamos a obra com 24% de conclusão. O viaduto foi um grande desafio. O prazo de entrega era mais alongado, mas entramos em entendimento com a empresa responsável e conseguimos adiantar a entrega", comentou o chefe do executivo.
A obra total da área está 90% concluida. A finalização dos serviços, que inclui a Galeria dos Estados, deve ocorrer no próximo ano. A entrega das vias que passam embaixo do viaduto está prevista para a última semana de junho. O governador garantiu que a estrutura é segura para o uso da população. No último sábado (1/6), engenheiros da Novacap e do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) fizeram ensaios estruturais no viaduto
Discurso de abandono
No momento da liberação do viaduto, Ibaneis ressaltou que a reinauguração é um marco para o Distrito Federal. "Brasília ficou muitos anos envelhecendo sem cuidado. Temos uma cidade que ano que vem completa 60 anos e não passou pelos reparos devidos, por acompanhamento. Essa reinauguração representa um marco para que todos nós tenhamos cuidado com a nossa cidade", ressaltou.
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Ele ainda criticou o desabamento da estrutura na gestão do ex-governardor Rodrigo Rollemberg (PSB). "Essa é a marca do que encontramos nesses meses de trabalho. A marca do abandono, do desleixo, do enquanto não cair não se recupera, do enquanto não acabar não começa novamente. São nas pequenas manutenções que a gente dá à população grandes benefícios", frisou.
Ibaneis também declarou que há meses a obra envergonhava Brasília. "Durante muito tempo a onda no DF foi tratar as coisas como se só servisse obra nova. Temos que cuidar do que nós temos", enfatizou. "Não adianta só fazer tudo novo. Precisamos cuidar do que já existe", acrescentou.
Entenda o caso
Às 11h45 de 6 de fevereiro de 2018, um bloco de concreto de 300 metros quadrados e 45 toneladas desabou do viaduto da galeria de estados, localizadp no eixo sul. Uma cratera foi aberta em duas das três faixas da via. Dois restaurantes que funcionavam no local e quatro carros foram destruídos no acidente. Ninguém se feriu.