Em nota, Polícia Civil informou que a "13; DP foi comunicada acerca do suposto episódio e que, a priori, não se trataria de crime militar" e que "está sendo iniciada a apuração dos fatos, sob responsabilidade daquela unidade."
Uma aluna do CED 3 relatou ao Correio ter presenciado os assédios e conta que as meninas estão com medo de ir estudar. "Eu mesma, a cada dia, fico mais desconfortável em ir para a escola. Têm uns policiais que ficam olhando para a bunda (sic) das meninas e até fazem comentários machistas", disse. Segundo ela o problema acontece desde o começo do ano letivo, mas nunca nenhuma atitude foi tomada: "A diretora falou que esse acusado que mandou as mensagens era um ótimo policial".
Protesto dos estudantes
Os estudantes fariam um protesto em frente ao colégio no início da tarde desta terça-feira (4/6), mas representantes da Secretaria de Educação, da Secretaria de Segurança Pública, da Polícia Militar e da Polícia Civil incentivaram que os alunos deixassem a manifestação para quarta-feira (5/6). O ato ocorrerá dentro da escola, na hora do intervalo.
A manifestação desta terça-feira tinha como lema: "mexeu com uma, mexeu com todas". Os alunos que estavam à frente do protesto chegaram a pedir aos colegas que usassem camisetas pretas e levem cartazes para expressar a indignação com o ocorrido e a insatisfação contra a militarização da unidade de ensino.