Jornal Correio Braziliense

Cidades

Operação da PCDF contra tráfico de drogas sintéticas tem 4 presos em MG

Entre os presos está uma mulher grávida de 8 meses. Segundo a polícia, droga era produzida em Minas e Goiás e vendida no DF

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, na manhã desta segunda-feira (27/5), quatro pessoas suspeitas de integrar a quadrilha que fabricava e vendia drogas sintéticas em festas de música eletrônica no Distrito Federal e em Goiás. A operação, iniciada pela PCDF, com desdobramentos nos dois estados, cumpre 22 mandatos de prisão e 28 de busca e apreensão.
Em Belo Horizonte, foram executados quatro mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão. Foram presos um casal ; um homem com idade por volta de 40 anos e uma mulher grávida de oito meses ; e mais um suspeito no Bairro Caiçara, na Região Noroeste da capital. O outro suspeito foi detido no Bairro Padre Eustáquio, na mesma região, com centenas de comprimidos de ecstasy.
De acordo com as investigações, os suspeitos utilizavam motoristas de aplicativos para fazer a entrega da droga sintética em festas eletrônicas. As investigações apontaram ainda que os fornecedores de drogas sintéticas que abastecem o Distrito Federal em larga escala estavam em Minas Gerais e Goiás.
O delegado Rodney Martins Faria, da Polícia Civil do Distrtito Federal, informou que a operação foi desencadeada no DF com sequência nos dois estados. "Em Minas, foi feito levantamento prévio. A gente identificou onde os alvos moravam e os mandados foram executados de forma tranquila", afirmou. Os presos serão levados para o DF para responderem lá pelos crimes cometidos.

Contabilidade do tráfico

Na casa do suspeito identificado apenas por Daniel, no Bairro Caiçara, a polícia identificou a contabilidade do tráfico. A polícia também apreendeu celulares, com indicativos de como a droga era comercializada.

Na casa do outro suspeito no Padre Eustáquio, foram encontrados dois pacotes com centenas de comprimidos de ecstasy ; cerca de 300. "A atuação deles se dava basicamente em festas eletrônicas, produzidas por eles mesmos. Eles utilizavam motoristas de aplicativos para fazerem a entrega. As festas eletrônicas eram dadas como lícitas. Mas, na verdade, nada disso ocorria. O intuito mesmo era lucrar com o comércio de drogas", afirmou o delegado.
O suspeito afirmou à imprensa que saiu de Goiás ameaçado por policiais e estava tentando se estabelecer em Minas desde o final do ano passado. "Daqui ele iria continuar expandindo o negócio dele", afirmou o delegado. A mulher entrava no esquema como ;laranja;. Segundo o delegado, ela tinha conhecimento dos atos ilícitos do marido e permitia que ele usasse a sua conta bancária.