A menina relata que o homem estava em pé perto dela e ficava encostando as partes íntimas nela. "No início, eu não dei importância, porque o ônibus estava cheio, mas o coletivo foi esvaziando. Já tinha espaço para ele se mover e, mesmo assim, ele continuou perto de mim. A cada vez que uma pessoa passava, ele aproveitava e ficava mais próximo;, afirmou.
O homem nega as acusações e conta que se levantou para dar lugar a uma conhecida dele e só teria ficado perto da garota porque o ônibus estava lotado. "Nunca fiz isso na minha vida. Sou um trabalhador, tenho mulher e filhos. O ônibus estava muito lotado e um rapaz atrás de mim estava com uma pasta grande. Eu fiquei perto dela, mas não assediei", disse.
A jovem ainda ressalta que essa não foi a primeira vez que ela sofreu assédio no coletivo pelo passageiro. Ela afirma que já chegou a registrar uma ocorrência contra o acusado pelo mesmo crime. Porém, o homem nega ter pego ônibus com a garota anteriormente.
O motorista, a jovem e o acusado foram levados pelos policiais militares à 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) para registrar ocorrência. O sargento da PM Alex Valente, que atendeu ao chamado do condutor do veículo, destaca a importância de denunciar esses tipos de caso. "É importante que as vítimas vençam o medo inicial e procurem denunciar, para que seja possível fazer a identificação e punir os autores, se for o caso", frisa.
Segundo o delegado-chefe da 1; DP, João de Ataliba, o delegado de plantão, que recebeu o caso, levou em consideração o fato de o ônibus estar lotado e liberou o acusado por falta de provas. "Não foi comprovado que houve assédio. Nenhuma testemunha confirmou a versão da menina", afirmou.