Uma servidora da Secretaria de Educação foi assassinada em um prédio do órgão, na manhã desta segunda-feira (20/5). O crime aconteceu no interior da Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto e Cruzeiro, na 511 Norte, onde funciona, desde o fim de abril, a Subsecretaria de Gestão de Pessoas da pasta.
Segundo informações da Polícia Miliitar do Distrito Federal (PMDF), o policial civil Sergio Murilo dos Santos, que teve relacionamento com a vítima, entrou no prédio, foi até o terceiro andar e disparou contra ela ao menos duas vezes. Ele se matou em seguida. A servidora foi identificada como Debora Tereza Correa, 43 anos.
As informações foram confirmadas ao Correio pelo secretário Rafael Parente, que cancelou a agenda da manhã e se deslocou para o local do crime. Logo depois, ele confirmou o crime também pelo Twitter. "Houve um homicídio agora na nova Sede II, na 511 norte. Estou a caminho. A Caravana da Educação da Regional do Núcleo Bandeirante está suspensa", escreveu.
[VIDEO1]
Ainda de acordo com o secretário, Debora era servidora desde 2001 e já foi lotada em escolas e na Escola de Formação Eape. "É muito triste. Será que vamos ter que colocar detector de metais em todos os lugares? Não queria que chegasse a esse ponto. Estou muito abalado", afirmou Parente, já diante do prédio.
Parente disse ainda que o assassino tinha sido namorado de Debora. "Eles se conheciam. Ele chegou aqui procurando por ela, se identificou na entrada e foi até ela. Eles discutiram e, quando ela ia voltar para a sala dela, ele deu os tiros e depois atirou no próprio olho", contou.
A Polícia Civil confirmou que Murilo fazia parte da corporação e afirmou, em nota, que "lamenta profundamente o episódio". "As circunstâncias estão sendo apuradas", informava o texto. O delegado destacado para o caso disse que Debora já havia prestado queixa contra Murilo, que, segundo testemunhas, agiu de forma "fria" e chegou a sorrir ao ver Debora.
O governador Ibaneis Rocha classificou o crime como "bárbaro, cruel" e disse que, além dos esfroços governamentais, o combate ao feminicídio exige a colaboração de toda a sociedade, de vizinhos ao Poder Judiciário.
Pânico e terror
"Foram três tiros muitos altos. Pensamos que era armário caindo de tão alto que foi. Quando falaram que era tiro foi um momento de pânico e terror. Todo mundo correndo e descendo as escadas", contou a servidora.