Depois de 16 dias de greve, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) informou, nesta sexta-feira (17/5), que a empresa perdeu, aproximadamente, R$ 2,4 milhões no período da paralisação, que teve início em 2 de maio. Também afirmou que cerca de 900 mil passageiros a menos foram transportados.
A diretora de Comunicação do Sindicato dos Metroviários (Sindmetrô), Renata Campos, diz que a greve segue por tempo indeterminado e que não recebeu nenhum posicionamento da companhia. ;O Metrô-DF prefere arcar com os prejuízos diários do que resolver o problema;, afirma. Segundo ela, não há previsão de uma nova assembleia enquanto a companhia não se manifestar.
O Metrô-DF alega que os funcionários descumpriram determinação judicial sobre o mínimo de trens em circulação e diz que apenas 15 composições circulam. A diretora do Sindmetrô, no entanto, desmente a informação. ;Hoje, os 18 trens circularam normalmente, como previsto. Tem vezes que, por dia, em vez de 18, 24 trens rodam;, garante.
Reivindicações
A Assembleia que culminou na greve dos metroviários ocorreu na noite de 1; de maio, na Praça do Relógio, em Taguatinga. A decisão contou com 186 votos favoráveis à paralisação e 73 contrários.
Entre as reivindicações da categoria, estão a manutenção do acordo coletivo, que venceu em abril, além do cumprimento de sentenças judiciais como o reajuste dos salários dos servidores pelo Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC) e que o acordo para que a jornada de trabalho dos pilotos mude oficialmente de oito horas para seis horas diárias.
Horário de funcionamento
Com a greve, o Metrô funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 6h às 8h45 e das 16h45 às 19h30. Nos horários de pico, ficam disponíveis 18 trens. Aos sábados, os trens rodam das 6h às 9h45 e das 17h às 19h15. Domingo, das 7h às 19h.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer