Jornal Correio Braziliense

Cidades

Sindicato pede explicações sobre tremor no Tribunal de Justiça do DF

Subsecretário da Defesa Civil ratifica laudo do tribunal de que não houve alteração estrutural no prédio que comprometa a segurança

O Sindicato dos Servidores do Judiciário e Ministério Público (Sindjus) e a Associação dos Servidores da Justiça (Assejus-DF) decidiram pedir por explicações à administração do Tribunal de Justiça do Distrito federal e Territórios (TJDFT) a respeito do tremor que fez os servidores deixarem às pressas o bloco A na última sexta-feira (10/5). Segundo as instituições, não há plano de evacuação em situações de emergência.
Em nota oficial, Sindjus e Assejus solicitarão esclarecimentos sobre necessidade de interdição a órgãos como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Ministério Público, bem como pedirão providências em relação ao ocorrido. ;A situação é preocupante uma vez que as entidades representantes dos servidores receberam fotos de locais do Bloco A que apareceram com rachaduras após o tremor;, destaca o texto.
Outras edificações próximas também são alvo de preocupação. ;O Palacinho, que se encontra próximo ao bloco A, foi interditado recentemente pela Defesa Civil, em virtude de graves danos na sua estrutura;, ressalta.
Na tarde de hoje, o Subsecretário de Proteção e da Defesa Civil do DF, Sérgio José Bezerra, esteve no TJDFT para validar o laudo entregue pelo próprio tribunal constatando não haver nenhuma alteração estrutural do prédio que comprometa a segurança dos funcionários.
Segundo o TJ, na sexta-feira, com o apoio do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, foram realizadas vistorias. Os fiscais inspecionaram lajes, pilares, escadas, vidros, canos, juntas de dilatação, e não identificaram abalos nas estruturas. A respeito das rachaduras, a explicação dada é de que o Bloco A tem problemas de acabamento considerados normais e que não colocam o prédio em risco.


Relembre

Os servidores do TJDFT, no Setor Gráfico, perto do Eixo Monumental, se assustaram no início da tarde de sexta-feira depois de sentir uma espécie de abalo no prédio. Segundo funcionários, foi possível também ouvir um "estouro" e um barulho muito forte na Torre A. Não houve feridos.
Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), não houve registros de tremores próximo de Brasília na data. A servidora Nádia Neves, 36 anos, que estava presente durante o ocorrido, disse que tremores são recorrentes no prédio. Ela sentiu no 1; andar, onde fica sua sala. Ela relata que, no momento, sentiu medo, porque não foi a primeira vez que algo parecido acontece. "Há dois meses, interditaram o Palacinho, prédio ao lado da Torre A. Agora vamos esperar. Até onde sabemos, não houve comprometimento da estrutura", disse.