O texto tinha uma ameaça contra o casal: "Você se liga e não humilha homem, meu irmão. Tá lá, mas eu tô aqui com sua mina. Já era. Tamo na sua cola", dizia. No entanto, no fim da tarde, ela confessou aos investigadores da Divisão de Repressão a Sequestro (DRS) que simulou todo o caso.
Policiais começaram a desconfiar da versão da mulher em razão do tempo que a suposta vítima teria ficado em poder dos bandidos: cerca de sete horas, após ser liberada apenas por volta das 15h. Ela também não conseguia contar o que aconteceu nesse meio tempo.
Sob poder de assaltantes
A primeira informação passada pela equipe de segurança era de que a suposta vítima tinha sido rendida após sair da Delegacia da Criança e do Adolescente 2 (DCA 2). Os ladrões teriam entrado carro da mulher, um Ford Ka prata, enquanto outro veículo dava cobertura. Por volta das 15h, porém, a suposta vítima apareceu na região de Fazendinha, no Recanto das Emas.
Primeiro a mulher foi levada para a 27; Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) e, logo depois, conduzida a Divisão de Repressão a Sequestro (DRS). Na unidade especializada, ela contou que teria ficado sob poder de dois homens. Também alegou que os ladrões pegaram o celular dela e, quando viram que o namorado era agente penitenciário, a agrediram.
Mobilização
Ao ter conhecimento do sequestro, o agente penitenciário acionou policiais civis e colegas do sistema carcerário. Agentes da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe) ficaram em busca procura dos suspeitos. Na área onde o carro foi encontrado, um helicóptero do departamento sobrevoa a região. Equipes da Divisão de Operações Aéreas (DOA) também deram cobertura.
Agentes penitenciários, policiais 24; DP (Setor O ; Ceilândia), da 26; DP (Samambaia) e da 27; DP (Recanto das Emas) estiveram no local onde o carro foi encontrado.
A ocorrência era inicialmente investigada pela DRS como roubo com restrição de liberdade.