Cidades

Integrante do PCC é preso em Goiás por golpe a comerciante do Paranoá

Policiais civis ainda prenderam a mulher do suspeito e uma mulher acusada de receber produtos do estabelecimento de outra vítima

Jéssica Eufrásio
postado em 08/05/2019 17:34
Polícia encontrou produtos de lojas das vítimas na casa de três pessoas associadas aos golpes Agentes da 6; Delegacia de Polícia (Paranoá) prenderam, em flagrante, três pessoas que aplicaram golpes em clientes de um site de compra e venda. Um deles, Hayson do Amparo Peniche, 21 anos, afirmou aos policiais que tem ligação com a facção do Primeiro Comando da Capital (PCC). O suspeito tinha um mandado de prisão em aberto por roubo e estava foragido do regime semiaberto. Os envolvidos foram presos nas cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia (GO), na tarde desta quarta-feira (9/5).

Dois comerciantes do Paranoá foram alvo de detentos da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia. Uma das vítimas chegou a vender um bar por R$ 18 mil. A outra negociou uma loja de roupas e variedades pelo valor de R$ 26,3 mil. O golpe consistia em entrar em contato com anunciantes que vendiam estabelecimentos comerciais pela internet.

Após a negociação com os presidiários, que se passavam por interessados na compra, os presos encaminharam comprovantes de pagamento falsos para os vendedores e agendaram a data de retirada dos produtos das lojas. Os itens seriam revendidos em Goiás e foram recebidos por Hayson, pela mulher dele, Gleicy Kelly Sousa Queiroz, 25, e pela filha de um dos detentos, Isadora Luiz de Freitas Gomes, 18.

Criminosos forjaram comprovantes de pagamento enviados às vítimas À frente das investigações, a delegada Jane Klebia deu detalhes de como aconteciam os golpes. "O trio entrou em contato com os vendedores em época de feriado. Assim, podiam justificar que efetuaram o pagamento, mas os bancos não haviam processado o depósito", explicou. "Se os dois golpes estão relacionados, vamos descobrir. Pode ser que os envolvidos estejam até na mesma cela", completou a delegada.

Ainda de acordo com Jane Klebia, depois de enviar os comprovantes falsos, o grupo disse aos vendedores do site que tinha pressa para receber os produtos. Em seguida, os envolvidos contratou uma transportadora para levar os itens da loja e do bar até Goiás, para as casas dos três suspeitos. "A ideia era vender esses itens. Foram dois golpes iguais, e eram comandados de dentro do presídio. As vítimas ainda pagaram o transporte", ressaltou a delegada. Os anunciantes terão os produtos restituídos pela polícia, e os presos em flagrante devem responder pelos crimes de estelionato e receptação.

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