Mireya Suarez, professora aposentada do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (DAN-UnB) morreu na madrugada desta terça-feira (7/5), aos 80 anos. O velório acontecerá na próxima quinta-feira (9/5). Ainda não há, porém, informações sobre horário e local.
Há sete anos, a docente lutava contra uma doença pulmonar degenerativa. De acordo com o filho Andrei Suarez, Mireya morreu dormindo e feliz com a vitória do Partido Revolucionário Democrático (PRD) no Panamá, país onde nasceu.
"Durante a doença, demonstrou cansaço, impaciência, frustração... mas nunca, nunca medo. Minha mãe, Mireya Suarez, foi Mireya Suarez até o final. Uma rocha", destacou Andrei em uma publicação no Facebook.
Livros feministas na mala
No âmbito acadêmico, Mireya destacou-se por ajudar na reconstrução do núcelo de estudos antropológicos da UnB, em 1969, quatro anos após ele ser desativado. Junto a Lia Zanotta e Tânia Montoro, também fundou o Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher na universidade."Ajudou muita gente, nos fez crescer", enfatiza Tânia, que foi orientada por Mireya em sua primeira tese de mestrado e hoje dá aulas na Faculdade de Comunicação da UnB. "Ela trazia livros na mala para a gente ler. Naquela época, não havia internet, nem livros feministas em bibliotecas. O marido dela morava com os filhos nos Estados Unidos, então a chegada dela para nós era uma coisa maravilhosa", conclui a docente, acrescentando que ela e Mireya também contribuíra para a criação da Delegacia da Mulher no DF.