Alan Rios
postado em 03/05/2019 09:56
O Governo do Distrito Federal liberou na última quinta-feira (2/5) o uso do Cartão Material Escolar, que dá crédito a estudantes beneficiários do Programa Bolsa-Família para compras em papelarias, mas já encontrou fraudes no sistema. Segundo a Polícia Civil, um dos primeiros crimes registrados ocorreu no mesmo dia, quando uma mãe utilizou o dinheiro de dois filhos para adquirir duas cestas de roupa.
A mulher, de 32 anos, gastou R$ 640 em uma papelaria em Santa Maria e foi surpreendida pela presença dos policiais, que fizeram operações em pontos estratégicos para coibir os crimes. Os agentes analisaram a compra realizada com dois cartões escolares, perceberam o desvio de uso e prenderam a mãe.
O proprietário do estabelecimento, de 45 anos, também foi questionado e não conseguiu explicar a situação. Como ele aceitou a compra ilegal, também foi detido. Ambos responderão por peculato, crime que consiste no desvio ou furto do dinheiro público, com pena de reclusão de 2 a 12 anos. Os dois foram levados à Colmeia e para a Carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE). A operação foi conduzida pela Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (CORF).
Uso do cartão
No total, 64.652 alunos recebem o Cartão Material Escolar no DF. O benefício dá direito a um crédito de R$ 320 para cada filho no ensino fundamental e R$ 260 para cada estudante no ensino médio, e começou a ser distribuído na última terça-feira (30/5), com usos liberados na quinta-feira (2/5).
O subsecretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Faria, lembrou em entrevista ao Eu, Estudante que a iniciativa fomenta os cofres da capital: "Muitas pessoas não tiveram a oportunidade de comprar os itens básicos da lista e, agora, terão essa chance. Além disso, são R$ 20 milhões que vão movimentar a economia do Distrito Federal".