Cidades

Com greve, metrô muda de horário e algumas faixas exclusivas são liberadas

Estações funcionarão apenas nos horários de pico. DFTrans reforça algumas linhas de ônibus

Pedro Canguçu*, Caroline Cintra - Especial para o Correio, Philipe Santos - Especial para o Correio
postado em 02/05/2019 07:41
Na EPTG, a operação dos ônibus na faixa reversa e a liberação da quarta faixa para os veículos leves no sentido da via funcionarão normalmenteO primeiro dia da greve dos metroviários no Distrito Federal causou impacto na ida para o trabalho dos brasilienses, na manhã desta quinta-feira (2/5). A paralisação fez com que mais pessoas tirassem o carro da garagem, deixando o trânsito mais intenso em algumas pistas.

Para tentar reduzir o impacto no tráfego, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER) liberaram faixas exclusivas de algumas pistas para carros de passeio (veja quais abaixo). Já o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) reforçou a circulação de ônibus a partir de Ceilândia e Samambaia.
Em nota (leia íntegra abaixo), a Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) lamentou a decisão do Sindicato dos Metroviários e informou mudanças no horário de funcionamento das estações, que serão mantidas abertas nos horários de pico. O tempo de espera pelos trens pode aumentar. A empresa divulgou a seguinte tabela de horários:
  • De segunda a sexta: 5h30 às 10h30 e das 16h30 às 21h30
  • Sábado: 5h30 às 10h30 e 14h30 às 19h30
  • Domingo: sem operação


Faixas exclusivas liberadas

O Detran-DF liberou para todos os veículos as faixas exclusivas das vias W3 Sul, W3 Norte e Setor Policial Sul. Já o DER liberou a faixa exclusiva da EPNB para a passagem de veículos de passeio enquanto durar a greve dos metroviários.


Já na EPTG, a operação dos ônibus na faixa reversa e a liberação da 4; faixa para os veículos leves no sentido da via vai funcionar normalmente nos horários de pico (6h às 9h e das 17h30 às 19h45). Nos demais horários do dia, a faixa exclusiva para os ônibus na EPTG permenece somente para os coletivos.

Trânsito mais carregado

A greve aumentou o número de carros nas ruas, deixando o trânsito intenso em algumas regiões. Na entrada de Taguatinga, na via Elmo serejo, houve muita lentidão logo cedo. Na saída de Águas Claras, também houve congestionamento. Na EPTG, altura do Guará, o fluxo ficou um pouco mais intenso.

A vigilante Iolanda Oliveira, 54 anos, pega o metrô diariamente de Samambaia até o terminal central, na Rodoviária do Plano Piloto. Como soube da greve com antecedência, saiu de casa 30 minutos mais cedo com receio de chegar atrasada ao trabalho, mas aconteceu o contrário. "Acabei chegando mais cedo, e os vagões estão até mais vazios que nos outros dias. Acho que as pessoas estão achando que o metrô não está funcionando e acabaram optando por ônibus mesmo", disse.

Aplicativos mais caros

A greve do metrô fez a festa dos motoristas de aplicativos. A tarifa praticamente triplicou pela manhã. Uma corrida que, normalmente, sai por R$ 20 chegou a custar R$ 60. Muita gente teve que arcar com a despesa extra temendo perder o dia de trabalho. "Consegui um bom dinheiro pela manhã", ressalta o motorista Joel Santos, 32 anos. "Precisava fazer R$ 200 a mais para pagar hoje a prestação do carro. Ainda bem que sai cedo de casa", acrescenta.
Por volta das 9h30 da manhã, as tarifas dos aplicativos de transporte já estavam mais próximas da realidade, com aumento médio de 20%. A expectativa dos motoristas é de que, a partir das 17h, os valores cobrados dos passageiros volte a aumentar substancialmente.
Portanto, quem for utilizar os serviços de aplicativos devem ficar atentos, sobretudo nos horários de pico. É possível fazer as simulações das corridas antes de chamar um motorista.

Acidente

Na altura do SIA, na EPTG, um acidente deixou o trânsito ainda mais complexo. Houve uma batida entre dois carros. Até o momento, o fluxo na Estrutural é um pouco mais tranquilo, apesar da grande movimentação de carros tanto na pista sul quanto na pista norte, sentido Plano Piloto.

Reivindicações

A categoria pede que o governo pague o que deve a funcionários em valores retroativos. Entre as reclamações, estão acusações de que o Metrô não estaria cumprindo cláusulas do acordo coletivo de trabalho vigente, bem como decisões e acordos judiciais e sentenças normativas com os metroviários.

Nota do Metrô-DF

"A Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) lamenta que o Sindicato dos Metroviários tenha orientado a categoria a abandonar as negociações com a deflagração da greve nesta quinta-feira (2/5), apesar dos esforços do governo do Distrito federal em realizar um acordo que evitasse a paralisação, atendendo à solicitação do sindicato em manter o Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2019, na íntegra, até 2020. A direção da empresa mantém permanente o diálogo com os empregados e informa que fará todo os esforços para manter os serviços com o mínimo de trens previstos para o horário de pico que possa garantir a segurança dos usuários e funcionários, de maneira que seja possível minimizar os transtornos decorrentes deste movimento."

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