O Distrito Federal vive um aumento de casos de caxumba em 2019. No ano passado, a Secretaria de Saúde registrou 222 ocorrências da doença de 1; de janeiro a 27 de abril. Já este ano, no mesmo período, 457 pessoas foram diagnosticadas, cerca de 114 por mês, segundo os últimos dados disponíveis. Os números impressionam: o crescimento é de 105% na comparação com 2018.
A doença clinicamente conhecida como "paroditite infecciosa" é viral e transmitida por meio do contato com gotículas de salivas de pessoas infectadas. Ou seja, ela pode se espalhar por espirros, tosses ou compartilhamento de utensílios que vão à boca. Por isso, é comum que pessoas que frequentam diariamente os mesmos ambientes se contaminem. Isso aconteceu recentemente em Brasília.
No episódio mais recente, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), na Via L2 Sul, suspendeu as atividades acadêmicas na segunda-feira (29/4) e manteve a instituição fechada nesta terça-feira (30/4), depois que cinco alunos tiveram o diagnóstico de caxumba. A Secretaria de Saúde informou nesta manhã que não foi notificada até o momento, mas que "uma equipe da Diretoria de Vigilância Epidemiológica já foi acionada e irá até o IDP verificar a situação".
O outro caso que chamou a atenção ocorreu nas primeiras semanas de abril. No dia 12, uma agência da Caixa Econômica Federal da Asa Norte teve que suspender os trabalhos após registrar 12 funcionários com a confirmação de contaminação. Na ocasião, o banco informou que "realizou todos os procedimentos cabíveis, conforme orientações da Vigilância Sanitária no local".
Prevenção e tratamento
Os infectados pela doença apresentam febre, calafrios, dores de cabeça e musculares, incômodos ao mastigar ou engolir e fraqueza. A caxumba também é percebida pelos inchaços no rosto, devido ao aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos. Segundo a Secretaria de Saúde, o melhor combate é a prevenção. "Por não existir tratamento específico para a doença, a melhor forma de combate continua sendo a vacinação", informou em nota. Quem já está contaminado recebe um tratamento médico que visa o alívio dos sintomas.
A imunização está disponível, ao longo de todo o ano, nas salas de vacina das Unidades Básicas de Saúde. "Na rede pública de saúde, a vacina tríplice viral, aplicada aos 12 meses de vida, e a tetra viral, aplicada aos 15 meses de vida, protegem contra a doença", continuou o comunicado da Saúde. "Para crianças e adolescentes de até 19 anos, são ministradas duas doses. Para pessoas com idade entre 20 e 49 anos, é necessária apenas uma dose da vacina tríplice viral. Se a pessoa já tiver duas doses da vacina, não é necessário tomar mais nenhuma", finalizou.