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'São duas famílias destruídas', diz pai do ex-PM que matou Jéssyka Laynara

O bombeiro militar José Wanilson do Rego Silva chorou enquanto dava depoimento à Justiça, na noite desta segunda-feira (29/4)


;O que fica são duas famílias perdidas e destruídas. Somos diariamente atacados na internet por pessoas que nunca vimos;, essa foi a fala emocionada de José Wanilson do Rego Silva, pai do ex-policial militar Ronan Menezes Rego. O depoimento ocorreu durante o julgamento do homem, acusado pelo feminicídio de Jéssyka Laynara da Silva Souza, 25 anos, e pela tentativa de homicídio contra Pedro Henrique da Silva Torres, 29.

José Wanilson ajudou Ronan logo após o acusado cometer os crimes. ;Ele me ligou desesperado, dizendo o que tinha feito. Em seguida, falou que se mataria. Só tentei convencê-lo do contrário, pedindo que pudéssemos nos encontrar para uma despedida. Foi assim que o acalmei, tirei a arma dele e entreguei ao oficial de dia do Batalhão;, detalhou.

Ainda no plenário do Tribunal do Júri de Ceilândia, José Wanilson negou que ajudou Jéssyka quando ela foi espancada por Ronan, cerca de duas semanas antes de ser assassinada.

;Eu nunca a vi nessa situação. Além do mais, se realmente tivesse presenciado essa agressão, ela não teria desistido e, por último, não a levaria para a UPA, mas para um hospital particular, porque ela era dependente do Ronan;, alegou o pai.

Questionado pelo promotor de Justiça Kleber Benício Nóbrega, o bombeiro da reserva disse que ;não acreditava que Ronan seria capaz de fazer isso (espancá-la)". "Eu não vi nada", garantiu.
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Jéssyka Laynara foi morta com cinco tiros em casa, na QNO 15, em Ceilândia. O crime aconteceu em 4 de maio de 2018, na frente da avó dela e de um irmão. Depois de cometer a barbárie, o ex-militar seguiu para EQNO 2/4, onde tentou assassinar Pedro Henrique, na academia onde ele trabalhava.

Apesar de o crime ter quase um ano, Ronan Menezes só foi exonerado em março, após decisão publicada pelo Comando Geral da Polícia Militar Distrito Federal (PMDF).