Jornal Correio Braziliense

Cidades

Comissão de defesa da mulher da Câmara acompanha julgamento de ex-PM

Segundo a presidente da Comissão Externa de Combate à Violência Contra a Mulher e Feminicídio, Flávia Arruda, objetivo do grupo é acompanhar tratamento dado no país aos casos de feminicídio

A Comissão Externa de Combate à Violência Contra a Mulher e Feminicídio, da Câmara dos Deputados, acompanha, nesta segunda-feira (29/4), o julgamento do ex-policial militar Ronan Menezes do Rego, 28 anos, acusado de matar a ex-noiva, Jéssyka Laynara, 25, e tentar matar o professor de educação física Pedro Henrique da Silva Torres, 29.

A coordenadora da comissão, deputada Flávia Arruda (PR-DF), manifestou apoio à família da vítima e afirmou que a presença do grupo cumpre um dos objetivos de sua criação, que é fiscalizar como os casos de feminicídio vêm sendo tratados no país, desde o registro da denúncia até o julgamento.

Comissão de Direitos Humanos

O presidente da Comissão de Direitos Humanos de Ceilândia, Renzo Bonifácio, também foi até o Tribunal do Júri da região administrativa. "A expectativa é a que justiça seja feita, conforme os preceitos legais. A Comissão acredita que haja um decreto condenatório. Eu acredito que a pena pelos crimes gire entre 25 e 30 anos, em regime fechado", avaliou.

Bonifácio também disse que o papel da Comissão é de acompanhar o caso para identificar se todos os direitos estão preservados no combate à violência contra a mulher. " Esperamos que os jurados analisem as provas, os autos e manifestações da defesa e da acusação", comentou.

Crime ocorreu há quase um ano

Jéssyka Laynara foi morta com cinco tiros em casa, na QNO 15, em Ceilândia. O crime aconteceu no dia 4 de maio de 2018, na frente da avó e de um irmão. Depois de cometer a barbárie, o ex-militar Ronan seguiu para EQNO 2/4, onde tentou assassinar Pedro, na academia onde ele trabalhava.