Cidades

VÍDEO: ex-funcionário do Senado ameaça colegas e é perseguido pela polícia

O homem foi interceptado na L4 Sul, em frente à Embaixada da Dinamarca. Ele se entregou por volta das 16h e foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). A defesa do ex-funcionário afirma que ele foi pego de surpresa e só depois de deixar o local percebeu que estava sendo seguido

Patrícia Nadir - Especial para o Correio
postado em 26/04/2019 15:53
Policiais militares negociação a rendição de homem que teria ameaçado ex-chefe do Senado
A Avenida L4 Sul, na altura da Embaixada da Dinamarca, foi interditada pela Polícia Militar na tarde desta sexta-feira (26/4). A medida foi adotada após a Polícia Legislativa do Senado Federal interceptar um carro, supostamente dirigido por um ex-funcionário da Casa, que teria ameaçado os ex-colegas com uma arma de fogo.
De acordo com a assessoria do Senado Federal, os funcionários do setor de marcenaria acionaram a Polícia Legislativa para atender uma ocorrência de ameaça à vida, com possível arma de fogo, pelo ex-colaborador da empresa Cetro RM Serviços Ltda, Paulo da Silva Martins, que prestou serviços à Casa Legislativa.

[VIDEO1]
Por volta das 15h, policiais militares tentavam convencer Paulo a abrir o veículo e se entregar. O Corpo de Bombeiros também foi chamado para dar apoio. O primo da mulher de Paulo chegou às 16h no local e conseguiu convencê-lo a deixar o carro. Ele saiu com as mãos para o alto e foi levado pelos policiais militares para a 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul).
A polícia não encontrou nenhuma arma com ele. Segundo informações preliminares, ele teria sido demitido na quinta-feira (25/4), o que teria provocado a revolta. "Ele saiu tranquilo, não estava armado. Ele estava com medo de sair do carro e os policiais o jogarem no chão, pois tem problema na coluna", explicou Nabor Brasil, primo da mulher do homem.
Segundo Nabor, Paulo tem 43 anos, é casado, pai de dois filhos e único provedor da casa. Ele trabalhava no Senado havia pouco mais de um ano e teria voltado hoje à Casa para buscar os pertences.

O advogado do funcionário, Bruno Tramm, compareceu à delegacia e apresentou a versão do cliente. ;A demissão não foi justa causa. Segundo ele me informou, hoje ele foi até o Senado recolher seus pertences. Saiu de lá, entrou no carro e seguia para casa quando percebeu que estava sendo seguido. Ele não entendeu o que estava acontecendo, por causa do som alto e dos vidros fechados;, disse.

Ainda segundo a defesa do homem, o exame apontou que não ingeriu álcool. ;Ele parou o carro quando ouviu dois disparos que acertam o pneu dele. Parece que alguém falou para a Polícia Legislativa que ele teria feito ameaças. Tudo ainda será esclarecido. No momento, ele está bem nervoso;, finalizou Tramm.

O trânsito na região ficou completamente parado e um longo congestionamento se formou na área central de Brasília.
[VIDEO2]
O Senado Federal emitiu nota informando que o, quando a Polícia Legislativa chegou ao local, o suspeito, que já estava no veículo, não atendeu às diversas ordens de parada e "empreendeu fuga em direção à avenida L4 Sul, dirigindo perigosamente". "Por conta disso, foi necessária a obstrução do veículo com disparos nos pneus. Após a parada, o suspeito se recusou a sair do automóvel", informou o texto. A partir desse momento, o gerenciamento da crise e a negociação foram assumidos pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Distrito Federal.
Confira a nota do Senado na íntegra:
"Na tarde desta sexta-feira (26/04), a Polícia Legislativa do Senado Federal foi acionada por funcionários do setor de marcenaria para atender uma ocorrência de ameaça à vida, como possível arma de fogo, pelo ex-colaborador da empresa Cetro RM Serviços Ltda, Paulo da Silva Martins, que presta serviços a esta Casa Legislativa.

Quando a Polícia chegou ao local, o suspeito, que já estava em seu veículo, não atendeu às diversas ordens de parada e empreendeu fuga em direção à avenida L4 Sul, dirigindo perigosamente. Por conta disso, foi necessária a obstrução do veículo com disparos nos pneus. Após a parada, o suspeito se recusou a sair do automóvel.

A partir desse momento, o gerenciamento da crise e a negociação com o suspeito foram assumidos pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar de Brasília."


Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação