Um dos momentos mais marcantes da cerimônia foi quando policiais do Grupo Tático Operacional do 10; Batalhão (Gtop), de Ceilândia, equipe de Herison, chegaram à cerimônia. Em fila, os militares entraram no templo e se emocionaram.
O silêncio reina dentro do templo. Poucos conseguem conversar e muitos se emocionam ao se aproximar do corpo do primeiro-tenente. Alguns companheiros de trabalho, comentam sobre o tempo dele de serviço e das ocorrências de destaque, mas também não preferiram não conceder entrevista.
Por volta das 10h30, os presentes no velório de Herison deixaram o templo e seguiram em cortejo ao Cemitério Campo da Esperança. Dezenas de veículos da PM acompanham o automóvel que transporte o corpo do militar. Emocionados, familiares também deixaram o velório e acompanham os carros.
No cemitério, os militares prestaram homenagem à Herison. Em fileira, bateram continência, no momento em que o corpo era levado ao túmulo. O pai e a mãe do policial passaram mal e precisram de assistência do Corpo de Bombeiros, que designou uma ambulância para acompanhar a cerimônia.
O crime
Herison estava em uma casa de shows de Arniqueiras, em Águas Claras, com a namorada, na madrugada de segunda-feira (14/4). Próximo ao banheiro da casa, ele teria esbarrado no policial civil Péricles Marcos Júnior, 39, que se irritou, sacou a arma e atirou três vezes contra o militar. Em seguida, o agente se entregou e confessou o crime, alegando legítima defesa.
Herison foi socorrido ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas morreu cerca de uma hora após o crime. Uma mulher também foi atingida na perna por um dos tiros do agente. Ela foi socorrida ao Hospital de Base do Distrito Federal, mas não ficou gravemente ferida e não precisou passar por procedimentos cirúrgicos.