Cidades

'Vai levar pipoco', disse suspeito antes de matar Felype de Sousa

Vídeo que mostra o instante em que o motorista de aplicativo é atacado indica que não houve uma briga anterior, segundo a delegada Jane Klebia, chefe da 6ª DP (Paranoá)

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 13/04/2019 12:30
Felype de Sousa era motorista de aplicativo e foi morto com quatro disparos pelas costas
A investigação sobre o assassinato de Felype Anderson de Sousa, 22 anos, após um acidente de trânsito, confirmou que a vítima não se envolveu em uma briga com o suspeito do crime, Alessandro Guerreira Barros, 27. Câmaras de segurança da região onde aconteceu o homicídio, na avenida principal do Itapoã, mostram que o motorista de aplicativo não empurrou ou cuspiu no rosto do acusado, como foi relatado pela sobrinha do possível assassino. O caso aconteceu na quinta-feira (11/4). O corpo de Felype foi velado na manhã deste sábado (13), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.

De acordo com a delegada Jane Klebia, chefe da 6; Delegacia de Polícia (Paranoá), o vídeo que mostra o instante em que o motorista de aplicativo é atacado indica que não houve uma briga anterior. "Ele foi pego de surpresa. As imagens são claras, pois mostram uma pequena discussão e, depois, Felype indo em direção ao carro dele. Quando ele estava na porta do veículo, foi atingido pelos disparos", afirma a responsável pela investigação do crime.
A delegada conta, ainda, que os carros pararam quando houve a batida. Felype teria dito a Alessandro como seria resolvido a situação, já que o homem foi o responsável pelo acidente. No entanto, o motorista de aplicativo foi recebido com hostilidade. "Se vira! Se você não sair daqui, vai levar pipoco", teria ameaçado Alessandro. Conforme Jane Klebia, a noiva de Felype teria pedido para que eles fossem embora dali, e a vítima concordou, mas acabou assassinado.

Em seguida, o acusado fugiu no carro até a casa de um familiar, onde teria pego uma bicicleta para continuar escapando. Até a mais recente atualização desta matéria, o homem não havia sido preso. Ele estava em regime domiciliar há cerca de seis meses, por tentativa de homicídio.


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