"A proposta é acabar com estacionamento em locais irregulares e desafogar o trânsito nas regiões de grande fluxo de veículos", explica o secretário da Área de Parceria Público-Privada, Everardo Gueiros. Há 40 mil vagas para estacionamento na Área Central de Brasília. A quantidade é insuficiente para atender a demanda, segundo o Departamento de Trânsito (Detran-DF). O DF tem pouco mais de 1,7 milhão de veículos.
Segundo o GDF, a partir do edital, as empresas terão 90 dias para elaborar e apresentar os estudos. ;Após essa apresentação, será elaborado um modelo para a parceria e, depois da aprovação deste, iniciados os procedimentos para formalização da PPP (Parceria Público-Privada);, explica Everardo. A expectativa é a de que o estacionamento rotativo entre em funcionamento no segundo semestre.
Os locais prioritários para a criação dos bolsões de estacionamento rotativo são as regiões em que há acesso facilitado ao transporte público. ;Queremos estimular que as pessoas priorizem o transporte público ou alternativo, como uso de bicicletas e patinetes;, ressalta o secretário da Área de Parceria Público-Privada. A empresa que vencer a licitação terá que identificar quais são os locais de grande fluxo de veículos e auxiliar a implementação do estacionamento rotativo.
Fiscalização
Para a fiscalização, a proposta é a de que além dos agentes de trânsito, câmeras de monitoramento auxiliem no controle do tempo de permanência dos motoristas. ;Isso tudo vai depender do que o estudo elaborado pelas empresas vão apontar para a melhor maneira de controlar o uso do estacionamento. Além disso, vamos aumentar a fiscalização do Detran-DF;, completa Everardo. O órgão também espera a implementação do estacionamento rotativo para definir estratégias de fiscalização e abordagem.
Para Davi Duarte, especialista em engenharia de trânsito e transporte da Universidade de Brasília (UnB), a capital segue a tendências de muitas cidades do país. ;É necessário que se tenha um controle a respeito da ocupação do espaço público para a melhora da mobilidade em grandes cidades e Brasília não é diferente.; Porém, ele também diz ser preciso aliar a criação do estacionamento rotativo à melhoria do transporte público.
Pesquisador do programa de pós-graduação em Transporte da UnB, Adriano Bortoli reforça que o governo deve destacar principalmente as lacunas do transporte público, para que as ações implementadas deem resultados. ;É preciso que sejam identificados os problemas de cada região e que o estacionamento rotativo atenda essas necessidades, por exemplo, a melhoria no transporte público nessas regiões.;
*Estagiária sob supervisão de Renato Alves