Conforme as investigações da Polícia Civil, Ana Maria informou que seria proprietária de uma fazenda na região do Parque da Cachoeira, local devastado pela lama.
A suspeita declarou ainda que realizava atividade agropecuária e que essa era sua única fonte de renda. Ainda de acordo com o inquérito policial, ela teria coagido moradores da região para confirmar a versão.
A Polícia Civil mineira informou que a suspeita chegou a receber R$ 65 mil em indenização da mineradora Vale. A investigação, de acordo com a corporação, começou logo quando Ana Maria procurou a mineradora e a polícia, requerendo indenização.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil, em Minas, informou que o caso está sendo investigado. A suspeita prestou depoimento e pode responder pelo crime de estelionato. Ela deu entrada no presídio feminino em 19 de março. A polícia disse ainda que os moradores que ajudaram na farsa podem responder por falsidade ideológica.
Desde a tragédia em Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro, a Polícia Civil já requisitou a retirada de 17 pessoas na lista de vítimas do desastre. A corporação ainda investiga outras seis pessoas pelo crime de estelionato.
Até o momento, o desastre com a barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão tem 224 mortos identificados e 69 pessoas desaparecidas, conforme último balanço divulgado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
Investigação
Natural de Anápolis (GO), Ana Maria Vieira Santiago foi candidata a deputada distrital em 2014 pelo MDB, mas não conseguiu votos suficientes para o pleito. O presidente do partido no Distrito Federal, Tadeu Fillippelli confirmou que a suspeita ;não tem nenhuma ligação com o MDB. Não é filiada desde 2014;, esclareceu.
O Correio tentou, por diversas vezes falar com Ana Maria Vieira Santigado, mas ninguém atendeu as ligações.