A defesa da família de Natália Ribeiro dos Santos Costa, 19 anos, acredita na hipótese de feminicídio como a causa da morte da universitária. Ela se afogou no espelho d;água do Lago Paranoá, no domingo (31/3), durante um churrasco no Clube Almirante Alexandrino (Caalex). Câmeras de segurança do Grupamento dos Fuzileiros Navais filmaram o momento que ela e o suspeito, de 19 anos, entram na água. O Correio divulgou o . O corpo da vítima foi encontrado às 14h33 de segunda-feira (1;/4). A Polícia Civil não se pronunciou sobre o caso.
A advogada à frente do caso, Juliana Porcaro, destaca que Natália e o suspeito, morador da Asa Norte, tiveram um relacionamento. ;Os relatos são de que eles ficaram juntos por cerca de um mês, mas não deu certo. O namoro mal sucedido e os machucados que ela tinha no corpo nos fazem acreditar na hipótese de assassinato;, analisa.
Para a mãe da vítima, Edivânia Ribeiros dos Santos, 47, a morte de Natália só pode ter sido um crime. ;Ela sabia nadar e, inclusive, era acostumada a mergulhar. Até curso de natação minha filha já tinha feito. Eu só quero que a justiça seja feita, porque minha menina se foi, a minha filha não está mais aqui;, lamenta a dona de casa, em lágrimas.
Conforme informações da defesa, a universitária tinha arranhões verticais na altura da bochecha e uma marca no olho, aparentemente em decorrência de um murro, além do nariz quebrado. Peritos do Instituto de Medicina Legal (IML) da Polícia Civil trabalham para elucidar o caso. O resultado esclarecerá se os machucados foram violentos ou se causados durante o período que o cadáver permaneceu submerso no lago. O laudo deve sair em até 30 dias.
Juliana Porcaro ainda tenta contato com investigadores da 5; Delegacia de Polícia (Área Central), que são responsáveis pelo caso. Ela solicitará acesso ao material do inquérito, para que possa aprofundar a linha de defesa da família. A advogada também pedirá que as jovens que estavam no churrasco com Natália prestem depoimento novamente.
;Queremos que elas esclareçam o motivo de terem ido embora da festa com os pertences de Natália, como bolsa, celular e chave de casa. Como ela poderia ter ido para casa sem se despedir de ninguém e sequer explicar como, já que estava sem dinheiro? Como ela poderia entrar em casa sem a chave? Essa parte também precisa ser analisada;, acrescenta Juliana.
O Correio entrou em contato com o defensor Carlos André Praxedes, que responde pelo jovem suspeito de envolvimento na morte de Natália. O defensor negou que o rapaz tinha envolvimento com a vítima. ;A família do rapaz tem como provar que a jovem nunca frequentou a casa deles. Acredito que as afirmações foram dadas de forma prematura e sem fundamento. Respeitamos a dor da família, mas o rapaz também está passando por uma situação difícil;, disse. O defensor informou que requererá, na semana que vem, o inquérito policial para análise.
Por nota, a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom) esclareceu que não divulgará informações sobre o caso. Ainda, o texto destaca que os esclarecimentos sobre a ;morte da jovem no Lago Paranoá serão divulgadas pela instituição após a conclusão do laudo pericial e, consequentemente, do Inquérito Policial.;