Bruna Lima
postado em 03/04/2019 19:57
A defesa do jovem de 19 anos suspeito de envolvimento na morte da universitária Natália Ribeiro Sousa Costa, também de 19 anos, sustenta que uma espécie de amnésia alcoólica e trauma para justificar os depoimentos conflitantes e a falta de uma reação rápida e eficiente no momento em que a vítima desapareceu no Lago Paranoá.
;Por alguma razão, ele ficou tentando entender o que estava acontecendo, meio desnorteado, sem ao menos saber se era uma brincadeira. Afetado pelo efeito do álcool, teve uma reação diferente da que poderia ter sido adotada;, justifica o defensor público responsável pelo acusado, Carlos André Praxedes.
O defensor ainda afirmou que o jovem chegou a procurar por Natália no dia seguinte e que compareceu espontaneamente à delegacia ao ser solicitado. No entanto, Carlos acredita que a forma com que o envolvido foi recebido pode ter comprometido o depoimento.
;Esse relato estava sob profundo abalo emocional e psicológico. Trata-se de jovem imaturo e traumatizado, que foi algemado e fotografado. Acredito que houve excessos, mas que o caso está sendo conduzido pela 5; DP com a devida cautela e neutralidade. Estamos à disposição da equipe para qualquer novo esclarecimento;, garante.
O jovem passou por um novo exame de corpo de delito na tarde desta quarta-feira (3/4). Na ocasião, os peritos compararam os hematomas da possível mordida no braço do envolvido com a moldagem dentária da vítima. O novo exame servirá como mais uma ferramenta aos investigadores.
Apesar de amigos e familiares de Natália afirmarem que vítima e suspeito se conheciam e já haviam tido, inclusive, um relacionamento, a defesa afirma que o acusado mantém a versão de que não a conhecia e que o jovem ;nega com firmeza que teria provocado o afogamento;.