Policiais civis prenderam dois homens acusados de usar cartões de passagens para custear o transporte de terceiros. Os suspeitos ficavam nas catracas do BRT, usando o benefício de cartões Cidadão, Vale-Transporte, de Portadores de Necessidades Especiais (PNE), Passe Livre Estudantil e Funcional. A operação, batizada de Cartão Vermelho, foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (3/4).
A suspeita dos investigadores é a de que a dupla ainda contava com apoio de segurança dos terminais. Por dia, eles conseguiam lucrar R$ 120, e o valor era dividido com o proprietário do cartão. A atividade dos suspeitos era monitorada pela Subsecretaria de Fiscalização da Secretaria de Mobilidade (Sufisa) e a operação ficou a cargo da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf).
De acordo com a Polícia Civil, o crime é caracterizado quando usuários utilizam cartões de terceiros (e alguns casos os próprios cartões) para comercializar ilegalmente as passagens, vendendo crédito para qualquer interessado. Geralmente, os suspeitos colocam crédito no item, vão até as catracas e oferecem para quem se aproxima do lugar.
Outro ponto da fraude, é quando os acusados aproveitam o benefício da integração para passar o cartão diversas vezes na catraca, sem que um valor seja cobrado por isso. O prejuízo vai diretamente aos cofres do Governo do Distrito Federal (GDF), que paga à concessionária R$ 4,05 por cada integração.
Além disso, também é usado cartões para Pessoas com Necessidades Especiais (PNE) e o Passe Livre-Estudantil, que são totalmente subsidiados pelo Executivo. No PNE, por exemplo, é possível usar 16 acessos por dia.
Outra fase
Em fevereiro deste ano, agentes da Corf deflagraram outra operação de combate ao uso indevido de cartões de passagem.À época, quatro homens foram presos na Rodoviária do Plano Piloto usando o benefício de terceiros para lucrar. Eles foram acusados de estelionato contra o Estado.