Amigos e familiares do vigário-geral Epitácio Cardozo Pereira, 69 anos, se despedem do sacerdote, que é velado na Capela São Pedro e São Paulo, em Formosa (GO). O religioso morreu no início da noite dessa quinta-feira (28/3), em Aparecida de Goiânia (GO), devido a uma infecção generalizada. Ele é um dos 11 réus investigados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por desvios de mais de R$ 2 milhões dos cofres da Igreja Católica.
A cerimônia de despedida de Epitácio começou às 12h e o sepultamento dele está previsto para a manhã deste sábado (30/3), no Cemitério da Concórdia. Até as 13h, pouco mais de 10 pessoas compareceram à capela. Reservados, amigos e familiares não quiseram conceder entrevistas ao Correio.
Pela manhã, antes do velório, fiéis e conhecidos do vigário-geral compareceram à Catedral de Formosa para rezar pelo sacerdote. Na Cúria da região, o telefone não parou o dia inteiro. Muitos ligaram pedindo informações sobre a morte e velório do religioso.
Interrogatório adiado
Epitácio seria interrogado pela Justiça nesta sexta (29/3), porém, a morte dele fez com que a audiência fosse adiada para 28 de junho. A defesa dos réus fez a solicitação ao juiz, que acatou. O Ministério Público, à frente das investigações, não contestou a justificativa.
A suspeita dos investigadores é de que Epitácio, junto a outros sacerdotes, inclusive o bispo da região, dom José Ronaldo Ribeiro, estivessem desviando dinheiro de casamentos, batizados e outros eventos promovidos pelas 33 paróquias vinculadas à Diocese de Formosa. Ele permaneceu preso por quase 30 dias, quando conseguiu habeas corpus.