, do Ministério Público de Goiás (MPGO), que apura, desde o ano passado, o desvio de R$ 2 milhões dos cofres da Igreja Católica. De acordo com o atestado de óbito emitido por uma das médicas plantonistas do hospital, a morte ocorreu às 18h05 e foi provocada por uma infecção generalizada. Ainda não há detalhes sobre o velório ou o sepultamento de Epitácio.
Operação Caifás
Deflagrada em 19 de março de 2018, a Operação Caifás resultou na acusação de 11 pessoas devido a denúncias de envolvimento em um esquema de desvio na Diocese de Formosa. A suspeita é de que os investigados na operação tenham adquirido propriedades, veículos e joias com dinheiro pago pelos fiéis em casamentos, batizados e eventos promovidos pelas paróquias e cujos preços foram reajustados. Os réus respondem por apropriação indébita, associação criminosa e alguns por lavagem de dinheiro.
Além de Epitácio, foram investigados Thiago Wenseslau, juiz eclesiástico; Waldson José de Melo, pároco da Paróquia Sagrada Família, em Posse (GO); Guilherme Frederico Magallhães, secretário da Cúria de Formosa; Darcivan da Conceição Serracena, funcionário da Diocese de Formosa; Edmundo da Silva Borges Junior, advogado da Diocese de Formosa; Pedro Henrique Costa Augusto e Antônio Rubens Ferreira, empresários apontados como laranjas do esquema; Mario Vieira de Brito, pároco da Paróquia São José Operário, em Formosa; Moacyr Santana, pároco da Catedral Nossa Senhora da Imaculada Conceição, também em Formosa; e José Ronaldo Ribeiro, bispo da mesma cidade.
Além de Epitácio, foram investigados Thiago Wenseslau, juiz eclesiástico; Waldson José de Melo, pároco da Paróquia Sagrada Família, em Posse (GO); Guilherme Frederico Magallhães, secretário da Cúria de Formosa; Darcivan da Conceição Serracena, funcionário da Diocese de Formosa; Edmundo da Silva Borges Junior, advogado da Diocese de Formosa; Pedro Henrique Costa Augusto e Antônio Rubens Ferreira, empresários apontados como laranjas do esquema; Mario Vieira de Brito, pároco da Paróquia São José Operário, em Formosa; Moacyr Santana, pároco da Catedral Nossa Senhora da Imaculada Conceição, também em Formosa; e José Ronaldo Ribeiro, bispo da mesma cidade.
Assim que a operação foi deflagrada, nove dos acusados permaneceram presos por quase 30 dias. Mas, na terceira tentativa dos advogados, a defesa conseguiu um habeas corpus no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). A defesa afirmou que a denúncia se tratava de "uma verdadeira peça de ficção produzida desde as investigações exclusivas realizadas pelo Ministério Público, como que buscando transformar atividades corriqueiras do exercício religioso e sua gestão interna em tipos penais alheios à atividade da Igreja Católica".
Em 5 de setembro, os defensores de seis dos réus encaminharam um pedido ao TJGO para cancelar a ação penal e impedir que o processo continuasse. A justificativa era de que a verba seria privada e os religiosos poderiam dar qualquer finalidade a ela. No entanto, em 11 de setembro, a desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira indeferiu o pedido. Agora, uma liminar tramita na 2; Vara Criminal de Formosa, onde o caso será julgado. Em 12 de setembro, o bispo dom José Ronaldo Ribeiro, acusado de ser o mentor do esquema, renunciou ao cargo.