Quatro homens explodiram três caixas eletrônicos do hotel de luxo Golden Tulip na madrugada desta quinta-feira (28/3). Os caixas ficam na garagem do hotel e para chegar ao local é necessário passar por uma guarita. Ainda não há informações sobre como os bandidos conseguiram entrar no hotel. O Golden Tulip é vizinho do Palácio da Alvorada, fica a 800 metros da residência oficial da Presidência da República e é conhecido por hospedar políticos e artistas.
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O assalto aconteceu por volta das 4h da manhã, um funcionário chegou a ser rendido pelos bandidos, que usaram luvas durante todo o assalto. Três dos assaltantes também usavam capuz, um quarto homem deixou o rosto à mostra.
De acordo com o Major Cláudio Peres, os criminosos tinham conhecimento do local e fizeram uma reserva para entrar no hotel. A polícia acredita que os documentos apresentados na portaria eram falsos e o veículo estava com a placa clonada. A arma utilizada pelos criminosos é um calibre 12, algo semelhante a um fuzil ou uma pistola adaptada
Segundo relatos, os moradores se assustaram com a explosão e foram orientados a manter a calma e deixar as janelas abertas por causa da fumaça. Dois homens, funcionários do hotel, foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) por conta de ferimentos leves causados pela explosão.
Segundo a Polícia Civil, o veículo Honda City, utilizado pelos autores no crime, foi localizado abandonado no Setor Terminal Norte (STN), em frente à Secretaria de Agricultura. O veículo também será periciado pela PCDF.
Crime recorrente
Explosão de caixa eletrônico tem se tornado um crime frequente no DF. Em dezembro do ano passado, bandidos explodiram um caixa eletrônico no Gilberto Salomão. Os assaltantes quebraram vidros do estabelecimento dando marcha ré no carro, detonaram o caixa e ainda roubaram outro veículo, na EPIA, na fuga. Ninguém se feriu ou foi rendido, mas a polícia encontrou munição de fuzil no local. Na época, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) soltou uma nota lamentando o caso e detalhando que "essa modalidade criminosa é normalmente bem planejada e realizada com patrocínio do crime organizado".
*Estagiário sob supervisão de Adriana Bernardes