A Justiça também considerou que o advogado Eraldo José Cavalcante Pereira não poderia responder pelo mesmo crime que Noé e desclassificou a acusação. Viúva de Ricardo, Fabrícia Gouveia esteve com promotores à frente do caso nesta terça-feira (12/3) e garantiu que o órgão vai recorrer à decisão sobre ambos os réus.
[SAIBAMAIS];O juiz entendeu que uma pessoa embriagada que pega o carro não está assumindo risco nenhum. Vamos recorrer até a última instância;, ressaltou. Caso os recursos forem negados, o processo tramitará em uma vara criminal comum. Até a última atualização desta reportagem, a decisão ainda não havia sido publicada na íntegra.
O advogado dos réus, Alexandre Queiroz, afirmou que recorrer é direito do Ministério Público. "Caso recorram, a defesa irá contestar. Seremos intimados e oferecemos nossa versão", comentou. Sobre a decisão do juiz, o defensor destacou que as provas técnicas mostram que não houve disputa de racha entre os acusados.
Relembre o caso
O acidente aconteceu em 30 de abril de 2017, quando três veículos saíram de uma marina no Lago Paranoá. Eraldo José conduzia um Jetta; Noé dirigia uma Range Rover Evoque; e Fabiana de Albuquerque Oliveira guiava um Cruze. A suspeita da Polícia Civil era que os dois homens participavam de um racha, o que resultou no acidente na L4 Sul.
A colisão do Jetta contra o Fiesta da família de Cleuza e Ricardo foi a causa da morte de mãe e filho, além de provocar ferimentos em Oswaldo Clemente Cayres e Helberton Silva Quintão, que também estavam no veículo atingido. O carro de Fabiana, irmã de Noé e cunhada de Eraldo, também foi atingido pelo Jetta.