Conhecidos da vítima prestaram depoimento à Polícia Civil e relataram que Cevilha sofria, constantemente, com agressões de Macsuel. Apesar de ela nunca ter denunciado o companheiro, uma testemunha relatou em depoimento que a violência por parte dele era constante. ;Ela chegou a mandar mensagens pelo WhatsApp com fotos das agressões para o depoente. Em uma delas, estava com o olho roxo. Isso foi em janeiro deste ano;, comentou o delegado à frente das investigações, Hudson Maldonado.
Segundo ele, a vítima não teria procurado a polícia por depender financeiramente do companheiro. ;Ela relatava que, por ter muitos antecedentes criminais, não conseguia emprego e, por isso, decidiu ficar com o suspeito;, detalhou o delegado. Cevilha respondia por 16 crimes cometidos no DF. Entre as ações, há lesão corporal e furto.
Como a família era nova na região onde morava, a vítima ainda não tinha relações estabelecidas com os vizinhos. Alguns moradores afirmaram à reportagem que viram quando o casal se mudou, mas nunca chegaram a conversar com Cevilha. Na noite do crime, muitos relataram não ter escutado sons de briga vindos da residência do casal. ;Ouvi o grito e acionei os policiais. Pouco tempo depois, saí para ver o que tinha acontecido e encontrei o corpo (da vítima);, contou um dos vizinhos.
Alguns moradores afirmaram à reportagem que viram quando o casal se mudou, mas nunca chegaram a conversar com Cevilha. Ainda assim, todos sabiam sobre o sequestro do bebê do Conic, um dos fatos que prejudicava a independência da vítma. ;Não importa o que tenha feito antes. Ela respondia por isso na Justiça e ninguém tinha direito de tirar a vida dela;, lamentou uma vizinha, que preferiu não se identificar.
Depois de matar Cevilha, Macsuel tentou fugir no carro da mulher, mas não conseguiu ligar o veículo e deixou o imóvel a pé. Ele não tinha antecedentes criminais e, no currículo dele, a última profissão registrada era de brigadista. A polícia segue à procura do suspeito. Informações podem ser repassadas por meio de denúncias anônimas pelo telefone 197 ou diretamente na 13; Delegacia de Polícia (Sobradinho).