Segundo a Caesb, a medida é um "reforço no plano de saneamento das contas da companhia, que hoje acumula endividamento superior a R$ 1 bilhão". O reajuste havia sido barrado em maio do ano passado, quando o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) determinou que a companhia realizasse ajustes "internos necessários para manter o equilíbrio financeiro da empresa".
O racionamento de água no Distrito Federal durou um ano e meio, de 16 de janeiro de 2017 a 15 de junho de 2018. A companhia calcula que, com a redução de 12% do consumo de água pelo moradores do DF, houve perda financeira no valor de R$ 100 milhões.
Caesb pedia reajuste maior
Anunciado em abril de 2018, o reajuste de 2,99% aprovado pela Adasa ficava bem abaixo do solicitado pela Caesb: 9,69%. A inflação da época era de 2,95%.
Anualmente, a partir de 1; de junho, começa a ser cobrado o Índice de Reajuste Tarifário (IRT), que faz parte do contrato de concessão, para adequar os valores cobrados à inflação.
Privatização
Na semana passada, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que estuda a possibilidade de privatizar a Caesb e a Companhia Energética de Brasília (CEB). O argumento do emedebista é o deficit que ambas as empresas públicas enfrentam, com débitos que superam R$ 1 bilhão.
De acordo com Ibaneis, a gestão dessas empresas não foi adequada nos últimos anos. "Não existe nenhuma empresa superavitária no Distrito Federal", disse. "Infelizmente, a cultura que se instalou no DF, principalmente ao longo dos últimos 10 anos, foi de um consumo interno das empresas pelas suas forças, pelo seu trabalho, e vocês sabem do que eu estou falando. Temos servidores que ganham muito, servidores que se aposentam e continuam trabalhando dentro das empresas. Então, temos aquelas que se consomem internamente."