Jornal Correio Braziliense

Cidades

Caminhões estão proibidos de passar sobre a Barragem do Paranoá

Às margens da DF 001, placas anunciam que caminhões com mais de dois eixos não podem passar pela via. A proibição é uma das medidas de segurança adotadas pelo GDF, após rompimento da barragem de Brumadinho

Placas do Departamento de Estradas de Rodagem (DER DF) instaladas ao longo da DF-001, informam sobre a proibição de caminhões circularem sobre a barragem do Paranoá. A medida, divulgada no final de janeiro, entrou em vigor nesta sexta-feira (1/3) e vale para veículos com mais de dois eixos. A decisão faz parte de um conjunto de ações que o GDF fará para prevenir acidentes com a barragem da capital federal.

Durante o tempo em que a reportagem esteve no local, entre 9h e 11h, não havia fiscalização. Porém, o roprietário de um restaurante nas proximidades da barragem afirmou que no início do dia havia uma viatura do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) na região. "Tinha policiais por aqui, mas foi bem cedo. Agora não tem mais ninguém. Eu já estou ciente que está proibido trafegar de caminhão pesado (com mais de dois eixos) nessa área", afirmou Fábio Martins dos Santos, de 44 anos, dono do primeiro restaurante de Brasília.

Um relatório da Companhia Energética de Brasília (CEB) mostrou que a circulação de veículos pesados poderia comprometer as condições da barragem. A via de asfalto foi projetada para possibilitar vistorias na Usina Hidrelétrica do Paranoá, mas cerca de 26 mil veículos passavam por ela diariamente.

Após o rompimento da barragem Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, as autoridades redobraram os cuidados com esse tipo de estrutura. No Distrito Federal, o governo mandou recapear o asfalto da ponte sobre o Lago Paranoá, que liga o Paranoá ao Lago Sul. Além disso, o DER fez a desobstrução e manutenção da drenagem pluvial da barragem. A velocidade sobre a ponte também foi reduzida para 40km/h.
Em fevereiro, a Defesa Civil realizou testes de sirenes, responsáveis por emitir o alerta à população em caso de perigo. A conclusão foi que a potência do som precisaria ser aumentada para garantir a segurança de todos. No caso de uma vazão, os moradores do Núcleo Rural Boqueirão seriam os primeiros atingidos.